“Os céus celebram as tuas maravilhas, ó Senhor, e, na assembleia dos santos, louvam a tua fidelidade. Pois quem nos céus é comparável ao Senhor? Entre os seres celestiais, quem é semelhante ao Senhor? Deus infunde grande terror na assembleia dos santos; é temível sobre todos os que o rodeiam” (Salmos 89.5-7).
- Isaías 40.18 – “Com quem vocês querem comparar Deus? Com que imagem vocês o podem confrontar?”
- Isaías 40.25 – “Com quem vocês vão me comparar? A quem eu seria igual? diz o Santo.”
- Isaías 46.5 – “Com quem vocês vão me comparar? A quem eu seria igual? E que coisa semelhante confrontarão comigo?”
A – SEUS ATRIBUTOS REVELAM SUA PERFEIÇÃO
Contemplemos, maravilhados, a Deus! Temos aprendido que Ele é um Ser Real, Pessoal, que coexiste em três Benditas Pessoas – Pai, Filho, Espírito Santo –, igualmente suficientes e interdependentes, o Deus que se revela a todos os homens. Temos aprendido que Deus é Espírito, e que “é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4.24). Aprendemos que Ele é Eterno, pois “antes que os montes nascessem e tu formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Salmos 90.2). Aprendemos também que é Imortal – “Eu Sou o Que Sou” (Êxodo 3.14).
Aprendemos ainda, que Ele é Imutável – “Tu, porém, és o mesmo, e os teus anos jamais terão fim” (Hebreus 1.12); Onipotente – “Por acaso, existe algo demasiadamente difícil para o Senhor?” (Gênesis 18.14); Onipresente – “Pode alguém se ocultar em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor” (Jeremias 23.24); Onisciente – “Grande é o Senhor nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir” (Salmos 147.5).
Vimos que Deus é Grande e Insondável – “Eis que Deus é grande, e não o podemos compreender; o número dos seus anos não se pode calcular” (Jó 36.26); Santo – “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos” (Isaías 6.3); Justo e Reto – “Deus é fidelidade, e nele não há injustiça; é justo e reto” (Deuteronômio 32.4).
Deus é Bom – “O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias permeiam todas as suas obras” (Salmos 145.9). Ele também é Esquadrinhador do coração – “Eu, o Senhor, sondo o coração. Eu provo os pensamentos” (Jeremias 17.10); mas, por outro lado, Ele é Clemente e Misericordioso – “O Senhor é compassivo e bondoso; tardio em irar-se e rico em bondade” (Salmos 103.8).
Ele é o “Deus único e sábio” (Romanos 16.27) e “Senhor, Deus da verdade” (Salmos 31.5); é o Deus que “é amor” (1 João 4.8). “Saibam que o Senhor, seu Deus, é Deus; ele é o Deus fiel” (Deuteronômio 7.9). Ele é também o Deus “fogo consumidor” (Hebreus 12.29) e o Deus que “é luz” (1 João 1.5). Ele é Longânimo, “… que perdoa a iniquidade e a transgressão, ainda que não inocenta o culpado …” (Números 14.18).
“Com quem vocês querem comparar Deus?” (Isaías 40.18).
Tendo conhecido tantos atributos de Deus, podemos afirmar que ninguém lhe pode ser comparável: Ele é Perfeito! No Deus Triúno não existe qualquer incapacidade, falha ou defeito!
B – SUA OBRA É PERFEITA
O fato de Deus ser perfeito implica em que tudo aquilo que faz é perfeito – “Louvem a grandeza do nosso Deus. Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo” (Deuteronômio 32.3, 4).
“Sei que tudo o que Deus faz durará eternamente, sem que nada possa ser acrescentado nem tirado, e que Deus faz isto para que as pessoas o temam” (Eclesiastes 3.14).
Não se pode apontar nenhuma falha em tudo quanto Deus tem feito: seja na criação do universo, seja na redenção do homem caído no pecado.
“Pela fé, entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não são visíveis” (Hebreus 11.3). Ao mandado de Deus foram sendo criados planetas e estrelas que se espalharam pela imensidão do espaço sideral. Por sua palavra as águas se juntaram em um lugar específico, apareceu a porção seca da Terra, as plantas com suas sementes foram criadas e surgiram as mais variadas espécies de animais. Também fez o homem e “Deus viu tudo o que havia feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1.31).
Toda a obra criadora de Deus em si deve nos impressionar, pois é uma obra majestosa, profundamente majestosa! Entretanto, mais ainda o fato de ser toda ela muito boa chama-nos a atenção. Deus considerou as obras das Suas mãos “muito boas”! Será que esta verdade expressa na Escritura Sagrada já aqueceu o seu coração alguma vez?
Com frequência, conseguimos concluir algum trabalho. Todos nós realizamos alguma coisa, não é verdade? Tomemos, como exemplo, um escritor. Ele se entrega à pesquisa, observa, anota, medita, rabisca, altera, corrige, revisa e, depois de muito esforço, lança uma obra. O tempo passa. Conforme adquire maior experiência, o homem dirá que aquela sua obra é falha, carece de maturidade e de estilo fluente. Então, ele produz outras obras. De todas conclui o mesmo, que possuem falhas. Talvez, se o indivíduo for um tanto petulante, poderá vir a afirmar que a sua obra é boa. Mas, à semelhança do escultor europeu diante da impressionante estátua que tinha acabado de esculpir, terá que clamar inconformado: Fala!
Toda obra que o homem realiza é incompleta. É imperfeita. Porque todo homem é imperfeito. Se Deus “aos seus anjos atribui imperfeições; quanto mais àqueles que habitam em casas de barro, cujo fundamento está no pó, e que são esmagados como a traça!” (Jó 4.18, 19).
Diz a Bíblia: “Quem poderá tirar coisa pura daquilo que é impuro? Ninguém!” (Jó 14.4). Somente o Deus eterno – Aquele que é onipotente, sábio, verdadeiro e incorruptível – pode considerar perfeitas as Suas obras. Ele é perfeito e, consequentemente, realiza tudo com perfeição.
“Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas e por tua vontade elas vieram a existir e foram criadas” (Apocalipse 4.11).
C – SEU CAMINHO É PERFEITO
Vimos que as obras de Deus são perfeitas. Não há um defeito sequer em tudo o que Ele realiza; tudo é completo, cabal e bom. Contudo, não se pode contemplar tal perfeição no pecador. Por maiores que sejam seus esforços, por mais altos e sublimes que sejam os seus ideais, ele é humano, terreno, incompleto e profundamente falho.
Só há um caminho: o caminho de Deus. Este caminho é seguro, porque é perfeito – “O caminho de Deus é perfeito; a palavra do Senhor é confiável; ele é escudo para todos os que nele se refugiam. Pois quem é Deus além do Senhor? E quem é rochedo, a não ser o nosso Deus? Deus é a minha fortaleza e a minha força e ele aperfeiçoa o meu caminho” (2 Samuel 22.31-33).
Disse Jesus: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). Aquele que “é a imagem do Deus invisível” (Colossenses 1.15), o Senhor Jesus Cristo, é perfeito. Ele é o caminho que torna possível aquilo que nos é impossível. Ele é perfeito, porque Ele é Deus; Ele é o caminho de Deus, e o caminho de Deus é perfeito!
Quem está em Cristo está naquele que é perfeito exatamente como o Pai Celeste o é. Tudo o mais está fora da perfeição divina!
Jesus é completo. Por isso também, na cruz do Calvário, ofereceu um sacrifício completo, único e perfeito. “Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus … Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados” (Hebreus 10.12-14). Ali na cruz Jesus exclamou: “Está consumado!” (João 19.30). O Filho, “perfeito para sempre” (Hebreus 7.28), realizou uma obra de redenção completa e perfeita. Não há nada que se lhe possa acrescentar. Absolutamente tudo o que a santidade e o amor de Deus exigiam, com relação ao pecador, Jesus cumpriu.
Richard Holden (1828-1886) escreveu dezenas de hinos. Veja que precioso este poema, de sua lavra, que pertence ao cântico 568 do hinário Hinos e Cânticos:
Tudo fez Jesus completo
Nada por fazer deixou;
Vida do mais doce afeto
Ele para nós comprou.
Seu, o feito; nosso, o gozo;
Nossa, a vida; Sua, a cruz;
Seu, o cálice amargoso;
Nossa, a dita que produz.
D – PERFEIÇÃO! É A EXIGÊNCIA DE DEUS PARA SEUS FILHOS.
O Filho Perfeito de Deus, o Senhor Jesus Cristo, proferiu estas solenes palavras no conhecido Sermão do Monte: “Sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês, que está no céu” (Mateus 5.48).
Durante o ministério de Jesus Cristo, em três ocasiões distintas, se ouviu do céu a voz do Pai, afirmando ser Jesus o Seu Filho Amado, que lhe dava imenso prazer:
- Após o Seu batismo: “Depois de batizado, Jesus logo saiu da água. E eis que os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” (Mateus 3.16, 17).
- No monte da transfiguração: “… uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me agrado; escutem o que ele diz! Ao ouvirem aquela voz, os discípulos caíram de bruços, tomados de grande medo” (Mateus 17.5, 6).
- Seis dias antes de Sua morte: “Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu: Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei. A multidão que ali estava e que ouviu aquela voz dizia ter havido um trovão. Outros diziam: Foi um anjo que lhe falou. Então Jesus explicou: Não foi por minha causa que veio esta voz, e sim por causa de vocês. Chegou o momento de este mundo ser julgado, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim. Ele dizia isto, significando com que tipo de morte estava para morrer” (João 12.28-33).
Quando uma pessoa se arrepende de seus pecados, crê e recebe a Cristo como Seu Senhor e Salvador, torna-se uma nova criatura e, nesta condição, nada pode ser mais precioso do que compreender o que aconteceu, de acordo com o que diz a Escritura Sagrada:
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo. Antes da fundação do mundo, Deus nos escolheu, nele, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele. Em amor nos predestinou para ele, para sermos adotados como seus filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o propósito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado. Nele temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e entendimento. Ele nos revelou o mistério da sua vontade, segundo o seu propósito, que ele apresentou em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra” (Efésios 1.3-10).
Vamos destacar apenas três preciosas realidades:
- Deus nos escolheu, nele (em Cristo Jesus), para sermos santos e irrepreensíveis diante dele…
- Deus nos predestinou para ele, para sermos adotados como seus filhos, por meio de Jesus Cristo…
- Deus nos revelou o seu propósito, de fazer convergir em Cristo, todas as coisas…
Cristo é nosso modelo! Modelo perfeito!
O apóstolo Paulo, escrevendo aos crentes da cidade de Filipos, expressou o que estava em seu coração, e que deveria estar também no coração e mente dos que agora estão em Cristo: “Na verdade, considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele perdi todas as coisas e as considero como lixo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, mas aquela que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé. O que eu quero é conhecer Cristo e o poder da sua ressurreição, tomar parte nos seus sofrimentos e me tornar como ele na sua morte, para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos” (Filipenses 3.8-11). Como Paulo, o que eu quero é conhecer Cristo!
Esta é de fato a soberana vocação dos que experimentaram o novo nascimento, em Cristo Jesus, e que caminham em novidade de vida, para serem santos e irrepreensíveis diante de Deus. E que podem também dizer como Paulo:
“Não que eu já tenha recebido isso ou já tenha obtido a perfeição, mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficam para trás e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.12-14).
Que tenhamos sempre este alvo diante de nós – ficarmos cada dia mais parecidos com o Senhor Jesus:
- Orando – Efésios 3.16, 17: “Peço a Deus que, segundo a riqueza da sua glória, conceda a vocês que sejam fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito, no íntimo de cada um. E assim, pela fé, que Cristo habite no coração de vocês, estando vocês enraizados e alicerçados em amor.”
- Vivendo – Gálatas 2.19, 20: “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. E esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”
- Adorando o Senhor – 2 Coríntios 3.18: “E todos nós, com o rosto descoberto, contemplando a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, que é o Espírito.”
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Esta série foi preparada em 1977 por Gilberto Celeti e Luiz Ricardo Monteiro da Cruz (este já está na presença do Senhor). Ela foi ministrada originalmente nas escolas públicas aos alunos do Ensino Médio. Com pequena revisão, estou postando agora na expectativa de que o SENHOR a use para bênção de muitos e para Sua glória!
Gilberto Celeti
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Ó DEUS TRINO, ÉS PERFEITO
Ó Deus Trino, és Perfeito,
Mas em nós, tanto defeito;
Eis que Teu amor sublime,
Nos alcança e nos redime.
Em Jesus, Teu Filho amado,
Faze-nos regenerados.
De Ti nos aproximamos,
E contigo, ó Deus, andamos.
Tu nos dizes claramente:
Sejam hoje diferentes,
Sigam sempre, e com zelo,
Tendo a Cristo por modelo.
Pela fé, nEle se ancorem,
No Espírito adorem
Ao Eterno Deus que os ama
E que, Justo, assim proclama:
“Já estais justificados,
E com Deus reconciliados”!
Vêm agora, conscientes
De que são de Cristo, crentes,
Feitos novas criaturas!
Vivam só na aventura
De com Cristo ir crescendo,
Mais de Cristo conhecendo.
Que prossigam para o alvo
Pelo qual já fostes salvos.
Alegrai-vos, alegrai-vos,
Mas também, acautelai-vos
Dos que mostram-se ocupados
Com o mundo condenado;
Como crentes genuínos
Sois aqui, sim, peregrinos.
Cristo volta sem demora!
Meus irmãos, vivam agora
Numa coisa concentrados:
Serem sempre em Cristo achados!
Do passado, então, esqueçam,
No amor a Cristo cresçam.
Seu amor é inaudito,
Maranata, Deus bendito!
Gilberto Celeti
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