quarta-feira, 27 de setembro de 2023

ESTUDOS SOBRE DEUS - 06 DEUS É ESPÍRITO

 Temos lidado com tremendos mistérios! Quem pode tocar as profundezas do Deus vivo e deixar de exclamar: “Com quem vocês querem comparar Deus? Com que imagem vocês o podem confrontar?” (Isaías 40.18). Ah! O Deus verdadeiro, Aquele que se revela aos homens por tão variadas maneiras, a ninguém ou a nada pode ser comparado. É completo, perfeito, único!


Mas – bendito seja o Seu nome eternamente – Ele se tem revelado em Sua Palavra, apresentando-nos alguns de Seus atributos (aquelas qualidades perfeitas que em Si mesmo Ele tem), por meio dos quais nos dá indicações preciosas de Si. Todo estudante da Palavra de Deus fará bem em separar tempo a fim de analisar tais qualidades.

A – DEUS É ESPÍRITO

Certa ocasião, durante o ministério terrestre de Jesus Cristo, o Verbo de Deus, Ele conversava com uma mulher samaritana à beira de uma fonte de água, a fonte de Jacó (João 4.1-26). Em um dando momento, aquela mulher lhe disse: “Nossos pais adoravam neste monte, mas vocês dizem que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Jesus respondeu: Mulher, acredite no que digo: vem a hora em que nem neste monte nem em Jerusalém vocês adorarão o Pai. Vocês adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora — e já chegou — em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. Porque são esses que o Pai procura para seus adoradores. Deus é Espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4.20-24).

Este diálogo nos dá uma definição clara do que Deus é: “Espírito”. Porém, não apenas isto, mas nos apresenta a loucura do coração humano ao tentar adorá-lo por meio de representações materiais (imagens, animais, astros etc.), ou ao confinar a adoração a Ele a limitações de espaço como praias, montanhas, cidades “santas” (Aparecida, Juazeiro do Norte, Bonfim, Meca, Roma, Jerusalém etc.), e até mesmo templos.

B – ESPÍRITO VERSUS MATÉRIA

Para melhor compreendermos o significado da palavra “espírito”, vale a pena confrontá-la com a palavra “matéria”. Ficaremos impressionados ao constatarmos que todas as coisas que conhecemos ou pertencem ao mundo material ou pertencem ao mundo espiritual. Tudo que percebemos por meio dos sentidos (visão, audição, olfato, paladar e tato) pertence ao mundo material. Assim, toda a terra, o céu e o mar são caracterizados por aquilo que é material, isto é, aquilo que não tem pensamento, sentimento, vontade ou reflexão; estas são características do mundo espiritual.

O fato de Deus ser Espírito (“Deus é Espírito” – João 4.24), sem substância material e livre de todas as limitações materiais, Incorpóreo (“… um espírito não tem carne nem ossos …” – Lucas 24.39), e Invisível (“… a quem ninguém jamais viu, nem é capaz de ver …” – 1 Timóteo 6.16) implica em que somente em espírito Ele deve ser adorado; nunca pelos sentidos do corpo ou por meio de representações materiais.

O ser humano é sempre tentado a andar por aparência. Gostamos daquilo que podemos apalpar ou sentir. E a grande luta entre Deus e aqueles que desejam conhecê-lo tem sido, repetidas vezes, a mesma: evitar que se escravizem à forma, à matéria e ao que é sensorial, libertando-os para que possam adorá-lo em espírito e em verdade.

As páginas da Bíblia estão repletas de exortações neste sentido:

“TENHAM CUIDADO Guardem bem a sua alma. Porque vocês não viram aparência nenhuma no dia em que o Senhor, o Deus de vocês, lhes falou em Horebe, no meio do fogo. Portanto, TENHAM CUIDADO para não se corromperem e fazerem para si alguma imagem esculpida na forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher, semelhança de algum animal que há na terra, semelhança de alguma ave que voa pelos céus, semelhança de algum animal que rasteja sobre a terra, semelhança de algum peixe que há nas águas debaixo da terra. Quando levantarem os olhos para os céus e virem o sol, a lua e as estrelas, a saber, todo o exército dos céus, cuidem para que vocês não sejam seduzidos a inclinar-se diante deles e prestar culto a essas coisas que o Senhor, seu Deus, repartiu a todos os povos debaixo dos céus … TENHAM O CUIDADO de não se esquecer da aliança que o Senhor, seu Deus, fez com vocês. Não façam para si nenhuma imagem esculpida, semelhança de alguma coisa que o Senhor, o Deus de vocês, proibiu” (Deuteronômio 4.15-19, 23).

“Também sabemos que o Filho de Deus já veio e nos tem dado entendimento para reconhecermos aquele que é o Verdadeiro. E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. Filhinhos, CUIDADO com os ídolos!” (1 João 5.20, 21).

“Portanto, meus amados, FUJAM da idolatria” (1 Coríntios 10.14).

C – COMO PODEMOS ADORAR A DEUS EM ESPÍRITO?

Interessante é notarmos que o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, é em si uma combinação do material com o espiritual. Lemos em Gênesis 2.7 que “então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente”. Três etapas na formação do homem: pó – fôlego de vida – ser vivente. Assim, cada ser humano constitui-se numa unidade composta de espírito, alma e corpo (Compare com 1 Tessalonicenses 5.23 que diz: “O mesmo Deus da paz os santifique em tudo. E que o espírito, a alma e o corpo de vocês sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”). Considere estas três partes:

a) O corpo é a sede do mundo físico.

b) A alma é a sede da personalidade.

c) O espírito é a sede das realidades espirituais.

O espírito, esta realidade imaterial do homem, é eterno, assim como Deus também é eterno.

Na verdade, por causa do pecado, o homem está morto espiritualmente; e, a menos que conheça a verdade (“Jesus respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” – João 14.6); e seja libertado do pecado (“… o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” – 1 João 1.7), vindo a nascer do Espírito (“Jesus respondeu: Em verdade, em verdade lhe digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não fique admirado por eu dizer: Vocês precisam nascer de novo” – João 3.5-7), não poderá ser um verdadeiro adorador.

Qualquer adoração ao Pai, que não provém de um coração e uma consciência purificados no sangue de Cristo
e vivificados pelo Espírito Santo, é idolatria!

Sempre há quem deseje trocar “a glória do Deus incorruptível por imagens semelhantes ao ser humano corruptível, às aves, aos quadrúpedes e aos répteis” (Romanos 1.23). Quão felizes são aqueles que chegam ao conhecimento da verdade, sendo libertos por ela (“Se, pois, o Filho os libertar, vocês serão verdadeiramente livres” – João 8.36), pois, como lemos em 1 Coríntios 6.17: “aquele que se une ao Senhor é um só espírito com ele”. Então a verdadeira adoração, a contemplação da glória do Senhor, é possível: “Ora, este Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. E todos nós, com o rosto descoberto, contemplando a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, que é o Espírito” (2 Coríntios 3.17, 18).

Andemos por fé – “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem” (Hebreus 11.1) – e permaneçamos firmes “como quem vê aquele que é invisível” (Hebreus 11.27). Sejamos verdadeiros adoradores!

D – COMO ADORAR EM VERDADE?

É preciso destruir os falsos deuses.

Nos livros históricos do Antigo Testamento, há relatos de reis que se destacaram por agir de maneira firme contra a idolatria, promovendo reformas para trazer o povo de volta ao Senhor. Vejamos alguns exemplos:

a) Asa – “Asa fez o que era reto aos olhos do Senhor, como Davi, seu pai. Porque tirou da terra os prostitutos cultuais e removeu todos os ídolos que seus pais fizeram” (1 Reis 15.11, 12).

b) Joiada – “Joiada fez uma aliança entre o Senhor, o rei e o povo, para serem eles o povo do Senhor. Fez também uma aliança entre o rei e o povo. Então todo o povo da terra entrou no templo de Baal e o derrubaram, despedaçando os altares e as imagens de Baal” (2 Reis 11.17, 18).

c) Josias – “Josias também eliminou os médiuns, os feiticeiros, os ídolos do lar, os ídolos e todas as abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém, para cumprir as palavras da lei, que estavam escritas no livro que o sacerdote Hilquias havia achado na Casa do Senhor. Antes dele, não houve rei que lhe fosse semelhante, que se convertesse ao Senhor de todo o seu coração, de toda a sua alma e com todas as suas forças, segundo toda a Lei de Moisés; e, depois dele, nunca se levantou outro igual” (2 Reis 23.24, 25).

d) Ezequias – “Acabando tudo isto, todos os israelitas que estavam ali saíram às cidades de Judá, quebraram as estátuas, cortaram os postes da deusa Aserá e derrubaram os lugares altos e os altares em todo o território de Judá, de Benjamim, de Efraim e de Manassés, até que tudo estivesse destruído” (2 Crônicas 31.1).

e) Manassés – “Tirou da Casa do Senhor os deuses estranhos e o ídolo, bem como todos os altares que havia construído no monte da Casa do Senhor e em Jerusalém, e os lançou fora da cidade” (2 Crônicas 33.15).

Neste nosso tempo, o tempo da Igreja, somos exortados: “Portanto, meus amados FUJAM da idolatria” (1 Coríntios 10.14). Sim, fugir, pois encontramos idolatrias sutis tais como já foram mencionadas pelo profeta Ezequiel: “Filho do homem, estes homens LEVANTARAM ÍDOLOS DENTRO DE SEU CORAÇÃO e puseram diante de si o tropeço que os leva a cair em iniquidade. Será que eu deveria permitir que eles me consultem?” (Ezequiel 14.3).

Que grande desafio é meditar seriamente nesta frase: “Aquilo que o homem mais ama, isto é o seu deus” (Lutero).

No Novo Testamento, temos mais estes textos:

a) Filipenses 3:19 – “O destino deles é a perdição, O DEUS DELES É O VENTRE, e a glória deles está naquilo de que deviam se envergonhar, visto que só pensam nas coisas terrenas.”

b) Efésios 5:5 – “Fiquem sabendo disto: nenhuma pessoa imoral, impura ou avarenta — porque A AVAREZA É IDOLATRIA — tem herança no Reino de Cristo e de Deus.”

Adorar em verdade pressupõe eliminar os falsos deuses de nossas vidas e corações!

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Esta série foi preparada em 1977 por Gilberto Celeti e Luiz Ricardo Monteiro da Cruz (este já está na presença do Senhor). Ela foi ministrada originalmente nas escolas públicas aos alunos do Ensino Médio. Com pequena revisão, estou postando agora na expectativa de que o SENHOR a use para bênção de muitos e para Sua glória!

Gilberto Celeti
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A MENTIRA DA IDOLATRIA

Há milênios a mentira permanece,
Pois o “deus” a quem o homem faz sua prece
É uma arte, uma imagem de escultura,
Fruto de suas mãos e de sua cultura.

Seja lá o que esta imagem representa,
Venerá-la é idolatria virulenta;
Estes “deuses” estão cegos e são mudos,
Nada fazem; “deuses” mortos, “deuses” surdos.

Lamentável é o tempo que é desperdiçado
Pra adorar e orar a um “deus” inanimado.
Busque ao Deus que é vivo, santo e verdadeiro!

Dele veio a palavra poderosa
Que criou do nada o universo inteiro.
Lance fora a idolatria mentirosa!

Gilberto Celeti

EM ESPÍRITO E EM VERDADE

O Deus Vivo, do Universo separado,
Deve ser por tudo e todos adorado.
Ele é Espírito, é santo, é o Deus que ama;
A Sua glória, toda a criação proclama!

Na Escritura, aos que o buscam, se revela
De maneira verdadeira e singela,
Demonstrando a realidade do pecado,
Que os deixa do Deus Santo afastados;

Mas, por graça, faz com que descubram isto:
Que o Eterno se encarnou, sim, Jesus Cristo,
Pra morrer levando, do homem, o castigo.

Há, pra Deus, assim acessibilidade
E o cristão, de Deus, se torna agora amigo
Pra adorá-lo em espírito e em verdade!

Gilberto Celeti

Deixe ao final, se possível, o seu comentário, ou se preferir neste outro blog:
https://gilbertoceleti.wordpress.com/2023/09/26/estudos-sobre-deus-06-deus-e-espirito/

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

ESTUDOS SOBRE DEUS 05 – SUA COEXISTÊNCIA (III)

 “Será que você não sabe, nem ouviu que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? A sabedoria dele é insondável” (Isaías 40.28). 05 – SUA COEXISTÊNCIA (III) - HARMONIA NA TRIUNIDADE

    Como é precioso aprendermos que o Deus, que é completo em Si mesmo, está em atividade realizando obras admiráveis que trazem glória ao Seu nome! Agindo em perfeita harmonia consigo mesmo, o Deus Triúno “nem se cansa, nem se fatiga”. Em todas as obras divinas vemos claramente as três Pessoas em ação, não interferindo uma no trabalho da outra e, ao mesmo tempo, trabalhando juntas para a consumação do mesmo propósito.
Veremos neste estudo a perfeita harmonia de ação da Triunidade, mediante dois exemplos singulares: na criação e na redenção.

A – HARMONIA DA TRIUNIDADE NA CRIAÇÃO
a) Participação das três Pessoas – No primeiro versículo da Bíblia Sagrada está registrado: “No princípio, Deus criou os céus e a terra” (Gênesis 1.1). Na língua hebraica (idioma em que foi originalmente escrito o Antigo Testamento), a palavra “Deus” neste versículo é “Elohim”, que está na forma plural, indicando que quem criou foi o PAI, o Filho e o Espírito Santo. O profeta Jeremias também afirmou: “Mas o Senhor é o verdadeiro Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno. A terra treme diante do seu furor, e as nações não podem suportar a sua indignação. Digam-lhes o seguinte: ‘Os deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da terra e de debaixo destes céus.’ O Senhor fez a terra pelo seu poder. Com a sua sabedoria, estabeleceu o mundo; e, com a sua inteligência, estendeu os céus” (Jeremias 10.10-12).
b) Participação específica do ESPÍRITO SANTO – O segundo versículo da Bíblia diz que: “A terra era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre as águas” (Gênesis 1.2). A presença e participação do Espírito Santo são nítidas. Também lemos nas Escrituras: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida” (Jó 33.4).
c) Participação específica do FILHO – O Novo Testamento revela com exatidão inquestionável a presença do Filho na criação: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (João 1.1-3). É digno de nota observar que a expressão “Verbo”, usada em relação ao Filho, apresenta-nos ensino especial, pois mostra-nos que o Filho é a expressão daquilo que Deus pensa e quer; daí a razão das palavras de Jesus: “Em verdade, em verdade lhes digo que o Filho nada pode fazer por si mesmo, senão somente aquilo que vê o Pai fazer; porque tudo o que este fizer, o Filho também faz” (João 5.19).
Aprendemos então que, na criação, o FILHO deu expressão àquilo que estava no querer do PAI; e o ESPÍRITO SANTO, movendo-se sobre as águas (pairando), outorgou poder ao ato criador. E ao final da criação está registrado: “Deus viu tudo o que havia feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1.31).
B – HARMONIA DA TRIUNIDADE NA REDENÇÃO
Manifesto é que a criação perfeita se tornou maculada pela desobediência do homem – “Porque sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora” (Romanos 8.22). Adão ouviu esta palavra da parte de Deus: “Por ter dado ouvidos à voz de sua mulher e comido da árvore que eu havia ordenado que não comesse, maldita é a terra por sua causa” (Gênesis 3.17). O ensino da Palavra de Deus não deixa nenhuma dúvida quando afirma: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado veio a morte, assim também a morte passou a toda a humanidade, porque todos pecaram” (Romanos 5.12).
O primeiro homem e sua mulher, que haviam sido criados para gozar da mais íntima comunhão com o Criador, o Deus Santo, foram banidos de Sua presença, pois, como diz a Bíblia: “as iniquidades de vocês fazem separação entre vocês e o seu Deus; e os pecados que vocês cometem o levam a esconder o seu rosto de vocês” (Isaías 59.2). E a razão é esta: “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 João 1.5).
Mas “Deus é amor” (1 João 4.😎, e fez ao homem decaído uma promessa de salvação, quando da queda deste, ao dirigir-se a satanás dizendo-lhe: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar” (Gênesis 3.15).
E Deus cumpriu sua promessa: “Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao nosso coração, e esse Espírito clama: ‘Aba, Pai!’” (Gálatas 4.4-6).
Portanto, na salvação do pecador vemos:
a) O Pai – que “amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
b) O Filho – que “mesmo existindo na forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo. Pelo contrário, ele se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhante aos seres humanos. E, reconhecido em figura humana, ele se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses 2.6-8).
c) O Espírito Santo – que veio para convencer “o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque eles não creem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado” (João 16.8-11).
Aprendemos então que, na redenção, o FILHO deu expressão àquilo que estava no querer do PAI e o ESPÍRITO SANTO, movendo-se sobre o coração do pecador (pairando), leva-o à convicção do pecado (não crer no Filho), da justiça (o Filho consumou a obra da salvação e voltou para o Pai), e do juízo (a cabeça de satanás já está esmagada), outorgando-lhe o dom da salvação, do novo nascimento.
“Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8, 9).
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Esta série foi preparada em 1977 por Gilberto Celeti e Luiz Ricardo Monteiro da Cruz (este já está na presença do Senhor). Ela foi ministrada originalmente nas escolas públicas aos alunos do Ensino Médio. Com pequena revisão, estou postando agora na expectativa de que o SENHOR a use para bênção de muitos e para Sua glória!
Gilberto Celeti
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AO DEUS TRINO ADOREMOS
Poderoso Rei, que exalta a justiça
Que confirma eternamente a equidade
E da Sua santidade faz premissa,
Tu governas baseado na verdade.
O Seu Nome é excelso e tremendo,
Criador do Universo, Soberano.
Ofendê-lo e desonrá-lo é horrendo!
Pra salvar o pecador Deus tem um plano.
Sacerdotes invocaram o Seu Nome,
Entre eles Samuel, Moisés e Arão;
E também pode invocá-lo todo homem
De contrito e arrependido coração.
Deus responde e perdoa o vil pecado,
Pois criou um meio para fazer isto:
Um Cordeiro, que na cruz foi imolado,
Já venceu a morte. Este é Jesus Cristo!
Ao Deus Pai, o Santo Deus, glorifiquemos!
Ao Deus Filho, o Santo Cristo, exaltemos!
Ao Espírito, que é Santo, escutemos!
Ao Deus Trino, Santo, Santo, adoremos!
Gilberto Celeti
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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

ESTUDOS SOBRE DEUS: 04 – SUA COEXISTÊNCIA (II)

 04 – SUA COEXISTÊNCIA (II) – RELAÇÕES E FUNÇÕES DA TRINDADE

Ficou estabelecido no estudo anterior que as Escrituras testificam claramente da Triunidade de Deus. Agora, cremos que trará grande proveito compreender o que comumente chama-se “economia da Triunidade”, ou seja, as relações e as funções que cada uma da três Pessoas do Deus Triúno exercem.

A – DEUS PAI

a) O nomeO nome “Pai”, que comumente usamos em referência à primeira Pessoa da Santíssima Trindade, tem na Palavra de Deus duas aplicações:

1. Pode referir-se ao Deus Triúno em suas relações com o povo de Israel – “Mas agora, Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, e tu és o nosso oleiro; e todos nós somos obra das tuas mãos” (Isaías 64.8).

2. Ou refere-se exclusivamente à primeira Pessoa da Triunidade – “Deus ressuscitou este Jesus, e disto todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à direita de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vocês estão vendo e ouvindo” (Atos 2.32, 33).

b) As relações entre o Pai e o Filho:

1. Recíprocas:

i) De unidade – “Eu e o Pai somos um” (João 10.30).

ii) De intimidade – “Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho …” (Mateus 11.27).

iii) De amor – “Porque o Pai ama o Filho …” (João 5.20); e “… que eu amo o Pai e que faço como o Pai me ordenou” (João 14.31).

iv) De glória – “Quem me glorifica é o meu Pai” (João 8.54); e “… a fim de que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14.13).

2. Unilaterais:

i) De autoridade – “Em verdade, em verdade lhes digo que o Filho nada pode fazer por si mesmo, senão somente aquilo que vê o Pai fazer; porque tudo o que este fizer, o Filho também faz” (João 5.19).

ii) De missão – “… porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou” (João 8.42).

iii) De delegação – “O Pai ama o Filho e entregou todas as coisas nas mãos dele” (João 3.35).

c) As relações entre o Pai e o Espírito Santo

i) De missão – “Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome …” (João 14.26).

B – DEUS FILHO

a) O nome: “Filho” é a palavra usada na Sagrada Escritura para nos apresentar Jesus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Este nome ressalta dois aspectos de grande importância a respeito de Jesus:

1. Sua perfeita divindade – “Antigamente, Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, mas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual também fez o universo. O Filho, que é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela sua palavra poderosa, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas …” (Hebreus 1.1-3).

2. Sua perfeita eternidade – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (João 1.1-3); e “Ele nos libertou do poder das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado … Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas …” (Colossenses 1.13, 16, 17).

b) As relações entre o Pai e o Filho:

1. Recíprocas: Já foram vistas no tópico anterior.

2. Unilaterais:

i) De dependência – “Então Jesus lhes disse: Em verdade, em verdade lhes digo que o Filho nada pode fazer por si mesmo, senão somente aquilo que vê o Pai fazer; porque tudo o que este fizer, o Filho também faz” (João 5.19).

ii) De obediência – “Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer” (João 17.4).

iii) De revelação – “Ninguém jamais viu Deus; o Deus unigênito, que está junto do Pai, é quem o revelou” (João 1.18).

c) As relações entre o Filho e o Espírito Santo:

i) De missão – “Quando, porém, vier o Consolador, que eu enviarei a vocês da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim” (João 15.26).

C – DEUS ESPÍRITO SANTO

a) O nome: O nome “Espírito Santo” é aplicado à terceira Pessoa da Santíssima Trindade, tanto no Velho Testamento – “Não me lances fora da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito” (Salmo 51.11); como no Novo Testamento – “Mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo …” (Atos 1.8). Entretanto, é mais amplamente usado no Novo Testamento.

A Bíblia apresenta diversos nomes designativos desta Pessoa Bendita, entre os quais: “Espírito” (Efésios 4.3), “Espírito de Deus” (Efésios 4.30), “Espírito da Verdade” (João 16.13), “Espírito de Jesus” (Atos 16.7), “Espírito de Cristo” (Romanos 8.9) e outros.

Note-se que o adjetivo “Santo” aplicado ao nome do Espírito ajuda-nos a compreender sua natureza santa, bem como sua missão de revelar-nos a santidade da Triunidade.

b) As relações entre o Espírito e o Filho e o Pai:

i) De intimidade – “Pois quem conhece as coisas do ser humano, a não ser o próprio espírito humano, que nele está? Assim, ninguém conhece as coisas de Deus, a não ser o Espírito de Deus” (1 Coríntios 2.11).

ii) De procedência – “Quando, porém, vier o Consolador, que eu enviarei a vocês da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede …” (João 15.26). Note-se que a palavra procedência expressa a ideia de ter sido enviado para uma obra específica.

c) A personalidade do Espírito Santo

Há muitos que, com a mente anuviada pelo engano, querem afirmar ser o Espírito Santo uma força ou uma influência, e não uma Pessoa. Tal ideia vem contradizer o ensino límpido da Escritura.

1. Há muitas passagens na Bíblia que apresentam distinção entre o Espírito e o Seu poder – “Então Jesus, no poder do Espírito …” (Lucas 4.14); “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder …” (Atos 10.38); “E o Deus da esperança encha vocês de toda alegria e paz na fé que vocês têm, para que sejam ricos de esperança no poder do Espírito Santo” (Romanos 15.13).

2. São atribuídas ao Espírito Santo características próprias de uma Pessoa:

i) Ele tem inteligência – “Mas o Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse ensinará a vocês todas as coisas e fará com que se lembrem de tudo o que eu lhes disse” (João 14.26).

ii) Ele tem vontade – “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas essas coisas, distribuindo-as a cada um, individualmente, conforme ele quer” (1 Coríntios 12.11).

iii) Ele tem sentimentos – “E não entristeçam o Espírito Santo de Deus …” (Efésios 4.30).

iv) Ele fala – “Então o Espírito disse a Filipe: Aproxime-se dessa carruagem e acompanhe-a” (Atos 8.29).

v) Ele guia – “Porém, quando vier o Espírito da verdade, ele os guiará em toda a verdade” (João 16.13).

vi) Ele confirma – “O próprio Espírito confirma ao nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8.16).

No próximo estudo verificaremos a harmonia da Trindade em suas ações.

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Esta série foi preparada em 1977 por Gilberto Celeti e Luiz Ricardo Monteiro da Cruz (este já está na presença do Senhor). Ela foi ministrada originalmente nas escolas públicas aos alunos do Ensino Médio. Com pequena revisão, estou postando agora na expectativa de que o SENHOR a use para bênção de muitos e para Sua glória!

Gilberto Celeti

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TRINO DEUS

Trino Deus – cujo amor é infinito,
Que abençoas com Tua graça ao aflito –,
Te darei louvor eterno, Deus bendito!

Trino Deus – que o universo bem comandas –,
Te contemplo com amor, com gratidão
E louvor pela preciosa redenção.

Trino Deus – que a história bem controlas –,
Canto alegre teu favor e teu cuidado!
Te adoro, pois não podes ser frustrado.

Trino Deus – cujo projeto executas
Com a mais perfeita longanimidade –,
Te admiro! Vejo em tudo Tua bondade.

Trino Deus – cujo poder é imensurável –,
Tudo fazes com total sabedoria.
Meu prazer é adorar-te cada dia!

Gilberto Celeti

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

ESTUDOS SOBRE DEUS: 03 – SUA COEXISTÊNCIA (I)

 SUA COEXISTÊNCIA (I) – UM SÓ DEUS – TRÊS PESSOAS

Não somente a verdade da existência de Deus é claramente manifestada pela criação, pela providência, pela Escritura Sagrada e pelo Verbo, como já vimos no estudo anterior, mas também o não examinar com atenção (investigar) a Pessoa de Deus traz consequências terríveis para a vida, tanto no presente como no futuro eterno.

Temos aprendido que as Escrituras simplesmente apresentam a verdade da existência de Deus sem discuti-la, e asseveram-nos que Ele se manifestou a todos os homens: Deus é. Também sem discussão apresentam o “modo de existência” de Deus como uma realidade viva e ligada às Suas diversas obras.

A – Qual o “modo de existência” de Deus?

O ensino bíblico a este respeito é claro e ressalta duas verdades básicas fundamentais:

a) Deus é Um só e não há outro– “Assim, ao Rei eterno, imortal, invisível, Deus único, honra e glória para todo o sempre. Amém!” (1 Timóteo 1.17).

Somente no capítulo 45 do profeta Isaías, a verdade de que não há outro além do nosso Deus é repetida sete vezes: “Eu sou o Senhor, e não há outro; além de mim não há Deus” (Isaías 45.5); “Para que se saiba, desde o nascente do sol até o poente, que além de mim não há outro; eu sou o Senhor, e não há outro” (Isaías 45.6); “… e não há outro que seja Deus” (Isaías 45.14); “Eu sou o Senhor, e não há outro” (Isaías 45.18); “Pois não há outro Deus, além de mim, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Isaías 45.21); “Voltem-se para mim e sejam salvos, vocês, todos os confins da terra; porque eu sou Deus, e não há outro” (Isaías 45.22).

E há condenação explícita na Escritura para todo aquele que não crê ou que busca ter outros deuses além do Único Senhor: “Não tenha outros deuses diante de mim” (Êxodo 20.3); “Quanto, porém, … aos incrédulos …, aos idólatras … a parte que lhes cabe será no lago que está queimando com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (Apocalipse 21.8).

b) Deus é Triúno – ou seja, o Deus único coexiste em três pessoas distintas, mas que são um só e o mesmo Deus: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. “Pois há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um” (1 João 5.7 – ARA).

B – O Pai, o Filho e o Espírito Santo: um só Deus

O genuíno ensino bíblico apresenta um só Deus, que coexiste em três pessoas inseparáveis, indivisíveis e interdependentes, apesar de:

a) o PAI ser claramente chamado Deus – “A nosso Deus e Pai seja a glória para todo o sempre. Amém!” (Filipenses 4.20); “Paulo, apóstolo – não da parte de pessoas, nem por meio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai …” (Gálatas 1.1); “… um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos” (Efésios 4.6).

b) o FILHO também ser chamado Deus – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (João 1.1); “E nós estamos naquele que é o Verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 João 5.20); “… e também deles descende o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito para sempre. Amém!” (Romanos 9.5); “… aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tito 2.13).

c) e, igualmente, o ESPÍRITO SANTO ser chamado Deus – “Então Pedro disse: Ananias, por que você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, para que você mentisse ao Espírito Santo, retendo parte do valor do campo? Não é verdade que, conservando a propriedade, seria sua? E, depois de vendida, o dinheiro não estaria em seu poder? Por que você decidiu fazer uma coisa dessas? Você não mentiu para os homens, mas para Deus” (Atos 5.3, 4); “Ora, este Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. E todos nós, com o rosto descoberto, contemplando a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, que é o Espírito” (2 Coríntios 3.17, 18).

C – A Triunidade e a Escritura

Vejamos alguns textos bíblicos que nos apresentam claramente a grande verdade da triunidade de Deus:

a) “E Deus disse: Façamos o ser humano à nossa imagem, conforme a nossa semelhança … Assim Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1.26, 27).

b) “… eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono … Serafins estavam por cima dele … E clamavam uns para os outros, dizendo: ‘Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória’ … ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (Isaías 6:1-3,8). É muito importante comparar o que está escrito em João 12.41 e em Atos 28.25.

c) “Aproximem-se de mim e escutem isto: desde o princípio, não falei em segredo; desde o tempo em que isso vem acontecendo, tenho estado lá. Agora, o Senhor Deus enviou a mim e o seu Espírito” (Isaías 48.16). Verificamos que é o Filho quem fala ao compararmos o verso 12: “Eu sou o mesmo, sou o primeiro e também o último” (Isaías 48.12), com Apocalipse 1.17, 18: “Não tenha medo. Eu sou o primeiro e o último e aquele que vive. Estive morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre e tenho as chaves da morte e do inferno.”

d) “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados, a apregoar o ano aceitável do Senhor” (Isaías 61.1, 2). Aqui também vemos claramente que se trata de Jesus, quando comparamos com Lucas 4.16-21.

e) “Depois de batizado, Jesus logo saiu da água. E eis que os céus se abriram e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” (Mateus 3.16, 17).

f) “Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mateus 28.18, 19).

g) “Que a graça e a paz estejam com vocês, da parte daquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete espíritos que estão diante do seu trono e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra” (Apocalipse 1.4, 5).

D – Desde quando Deus coexiste deste modo?

De eternidade a eternidade! Pois as Escrituras evidenciam:

a) o PAI como eterno Deus – “Antes que os montes nascessem e tu formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Salmo 90.2).

b) o FILHO como eterno Deus – “E você, Belém-Efrata, que é pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de você me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias 5.2).

c) o ESPÍRITO SANTO como eterno Deus – “… muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hebreus 9.14).

A Bíblia está permeada desta verdade quanto ao modo de existência de Deus em todo o seu escopo. E, ainda que esta verdade possa parecer por demais profunda para a compreensão humana, todo cristão ensinado pelo Espírito Santo aceita-a na tranquilidade da fé. Se alguém negar a triunidade de Deus, negar a divindade do Filho, ou negar a divindade do Espírito Santo comete idolatria, visto que estaria venerando um deus diferente do Deus único e verdadeiro, conforme revelado na Escritura, o que implica em condenação ao fogo eterno, de acordo com o texto de Apocalipse 21.8, já mencionado.

Bem podemos dizer: “Verdadeiramente, tu és Deus misterioso, ó Deus de Israel, ó Salvador” (Isaías 45.15-ARA).

No próximo estudo veremos um pouco mais sobre as relações e funções das Pessoas da Trindade.

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Esta série foi preparada em 1977 por Gilberto Celeti e Luiz Ricardo Monteiro da Cruz (este já está na presença do Senhor). Ela foi ministrada originalmente nas escolas públicas aos alunos do Ensino Médio. Com pequena revisão, estou postando agora na expectativa de que o SENHOR a use para bênção de muitos e para Sua glória!

Gilberto Celeti

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DESCOBERTA MARAVILHOSA

Maravilhosa e estonteante descoberta,
Quando a mente finalmente é aberta
Pra compreender, no Universo, a autoridade
Do Pai, do Filho, do Espírito – a Trindade!

Na Escritura Sua vontade é revelada,
Pra nos guiar corretamente na jornada.
Seus mandamentos e os seus ensinamentos,
Obedecidos, cridos, moldam os pensamentos.

O que acontece, então, na vida é um milagre,
Que faz que uma pessoa se consagre,
Confiante sempre no amor de Deus em Cristo;

Buscando em cada situação, apenas isto:
Com a Palavra sempre ter conformidade,
Amar, guardar, viver, lutar pela verdade!

Gilberto Celeti