terça-feira, 23 de janeiro de 2024

ESTUDOS SOBRE DEUS - 23: DEUS É FOGO CONSUMIDOR

 


Ninrode (seu nome significa “valente”), descendente de Cão, um dos filhos de Noé, edificou há milhares de anos a cidade de Nínive (veja Gênesis 10.8, 11), localizada à margem do Rio Tigre, no atual Iraque. A cidade tornou-se a capital do Império Assírio. Muitos reis famosos da antiguidade, que reinaram sobre a Assíria, são mencionados na Bíblia: Tiglate-Pileser (2 Reis 15.29), Salmaneser (2 Reis 17.3), Sargão (Isaías 20.1), Senaqueribe (2 Crônicas 32.1), Assurbanipal (ou Osnapar – Esdras 4.10).

            Tendo por divindade tutelar a deusa Istar, Nínive, por volta do ano 650 A.C., era a maior cidade do mundo; uma cidade bem fortificada, protegida por muros que chegavam a 33 metros de altura, com largura suficiente para que três carruagens circulassem lado a lado neles. Numa circunferência de quase 100 quilômetros, esses muros eram guarnecidos por mil e duzentas torres e tinham quinze portões! Que imensa fortaleza era Nínive, não é mesmo? A cidade era um centro cultural, abrigando respeitável biblioteca com inúmeros escritos em tabuletas de argila. Tinha palácios e até um jardim para cultivo de plantas exóticas.

A – É SURPREENDENTE A MISERICÓRDIA DE DEUS

            Por volta do ano 770 A.C., Deus, em Sua infinita misericórdia, chamou o profeta Jonas e lhe disse: “Levante-se, vá à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença” (Jonas 1.1, 2). Depois de relutar, Jonas finalmente obedeceu à voz do Senhor e anunciou o julgamento contra os ninivitas. Estes se arrependeram do seu pecado, o que levou o coração amoroso de Deus a suspender o juízo sobre a cidade. O Senhor declarou ao profeta Jonas a Sua imensa compaixão pela “grande cidade de Nínive, em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem distinguir entre a mão direita e a mão esquerda, e também muitos animais” (Jonas 4.11). Anos antes, Davi havia registrado em um de seus salmos estas palavras: “… coração quebrantado e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmos 51.17).

            Lamentavelmente, não muito tempo depois, os ninivitas voltaram a chafurdar-se na lama do pecadoEste mesmo comportamento de inconstância é descrito pelo salmista em relação ao povo judeu: eles “creram nas suas palavras e lhe cantaram louvor. Logo, porém, se esqueceram das obras de Deus e não esperaram pelos seus desígnios. Entregaram-se à cobiça …” (Salmos 106.12-14).

            Não é assim conosco também? Pois lemos: “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto. Quem poderá entendê-lo?” (Jeremias 17:9). Quantas vezes nosso coração tem ficado quebrantado diante da firme repreensão dAquele que “corrige a quem ama e castiga todo filho a quem aceita” (Hebreus 12.6), mas logo incorremos no mesmo pecado! Cedo nos esquecemos das Suas obras… cedo nos apartarmos de Deus, cujos olhos “estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons” (Provérbios 15.3).

B – DEUS É TARDIO EM IRAR-SE, MAS NÃO INOCENTA O CULPADO

Cento e trinta anos depois da visita de Jonas a Nínive, Naum foi o profeta que Deus levantou para anunciar outra vez o Seu juízo sobre a cidade. Nínive, adornada e fortificada, é uma figura de toda a civilização humana que se fortalece e adorna em sua própria força, sem considerar os retos caminhos do Senhor. Surgida após a expulsão do homem do Jardim do Éden, em cujo solo o Senhor Deus tinha feito “brotar todo tipo de árvores agradáveis à vista e boas para alimento” (Gênesis 2.9), tal civilização agora possui jardins para o cultivo de plantas exóticas, porque já não pode contemplar o Éden.

Assim escreveu o profeta:

“Sentença contra Nínive. Livro da visão de Naum, da cidade de Elcos. O Senhor é Deus zeloso e vingador, o Senhor é vingador e cheio de ira; o Senhor toma vingança contra os seus adversários e reserva indignação para os seus inimigos. O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado. O Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são a poeira dos seus pés.

“Repreende o mar, e ele seca; faz com que todos os rios fiquem secos. Basã e o Carmelo desfalecem, e as flores do Líbano murcham. Os montes tremem diante dele, e as colinas se derretem. A terra se levanta diante dele, sim, o mundo e todos os seus moradores. Quem pode suportar a sua indignação? E quem subsistirá diante do furor da sua ira? A sua cólera se derrama como FOGO, e as rochas são por ele demolidas.

“O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam. Mas, com inundação transbordante, acabará de uma vez com o lugar dessa cidade; com trevas, o Senhor perseguirá os seus inimigos.

“O que é que vocês estão planejando contra o Senhor? Ele mesmo os consumirá completamente; a angústia não se levantará duas vezes! Porque, ainda que eles se entrelacem como os espinhos e se saturem de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca” (Naum 1.1-10).

Uma das grandes armas de Satanás – o qual “jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade” (João 8.44), e sempre quer “perverter os retos caminhos do Senhor” (Atos 13.10) – é utilizar-se de líderes que se destacam, como teólogos e clérigos, que mostrem às pessoas uma imagem destorcida de Deus, levando-as ao relaxamento e afastamento do verdadeiro Deus apresentado na Bíblia Sagrada, que é a Palavra da Sua revelação. Assim é que muitos desses líderes proclamam a verdade de que “Deus é amor” (1 João 4.8) dissociada, contudo, de uma outra verdade também apresentada nas Escrituras, a de que “DEUS É FOGO CONSUMIDOR” (Hebreus 12.29). Tal artimanha de Satanás – amplamente divulgada e acatada em nossos dias – tem por finalidade levar as pessoas a raciocinarem da seguinte forma: Deus é amor; logo, não há condenação para qualquer pecador, pois Deus não irá lançar quem quer que seja no inferno; como poderia Ele castigar alguém eternamente?

Ah! Prezado estudante da Palavra de Deus, se você tem abrigado em seu coração tal pensamento, saiba que ele não procede do ensino bíblico, mas é um argumento humano, cujas raízes estão no próprio “pai da mentira” (João 8.44), que é Satanás. Tragicamente, observamos que muitos líderes religiosos o professam, porém, por amor à sua própria alma, ouça o Espírito de Deus e o ensino da Bíblia. Não creia em uma falácia tão perniciosa!

Quem é o Deus da Bíblia? É o Deus “Santo, santo, santo” (Isaías 6.3), o Deus que se manifestou no Calvário, onde “a graça e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram” (Salmo 85.10). Sim, “Ele é grande em poder, porém não perverte o juízo e a plenitude da justiça” (Jó 37.23). Deus é amor, bem sabemos disso, pois a Escritura afirma: “Ninguém tem amor maior do que este: de alguém dar a própria vida pelos seus amigos” (João 15.13); e “Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5.8). Entretanto, também sabemos que o “Senhor é Deus zeloso e vingador” (Naum 1.2). Ele é o Deus tão puro de olhos que não pode ver o mal (conf. Habacuque 1.13).

O texto de Naum que já foi citado menciona duas localidades: Basã e Carmelo. É sempre interessante identificar os lugares bíblicos. Basã era um largo e fértil platô na região leste do Rio Jordão, muito apropriado à criação e engorda de gado e ovelhas; suas florestas de carvalhos eram de uma verdura perene. Carmelo era uma região montanhosa na Palestina Central, onde havia pomares, hortas e jardins, além de um bosque frondoso. Porém, o profeta avisa que, quando o nosso Deus zeloso e vingador – Aquele que não pode contemplar a opressão – derrama a Sua ira, até a natureza é afetada: “O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado. O Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são a poeira dos seus pés. Repreende o mar, e ele seca; faz com que todos os rios fiquem secos. Basã e o Carmelo desfalecem, e as flores do Líbano murcham” (Naum 1.3, 4). Deus não tolera o pecado. “Adiante dele vai um FOGO que consome os inimigos ao seu redor” (Salmos 97.3).

Muitos poderão achar “muito pesada” a mensagem do profeta Naum. Muitos poderão considerá-la arcaica, ou até incompatível com o Deus que é amor. Contudo, nunca devemos nos esquecer de que a mensagem não é do profeta Naum, mas do próprio Espírito Santo, que “sonda todas as coisas, até mesmo as profundezas de Deus” (1 Coríntios 2.10), o qual nos revela a bendita Pessoa do Deus Triúno tal qual é, e não conforme o engano do coração humano e as artimanhas do inimigo das nossas almas. O mesmo Espírito que diz: “em Judá se fez sentir a mão de Deus, dando-lhes um só coração, para cumprirem a ordem do rei e dos príncipes, segundo a palavra do Senhor” (2 Crônicas 30.12), também afirma que “horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10.31).

Havia graves e terríveis pecados em Nínive. Era uma “cidade sanguinária, toda cheia de mentiras e de roubo” (Naum 3.1). Conta-se que, sendo povo guerreiro, o povo assírio, sob o comando do rei Assurbanipal, estava acostumado a, depois de uma vitória, cortar as mãos e os pés, os narizes e as orelhas, tirar os olhos aos cativos e fazer pirâmides com cabeças humanas. Crueldade assustadora! Além disso, Nínive estava entregue à feitiçaria. Era “mestra de feitiçarias, que seduzia as nações … e os povos, com as suas feitiçarias” (Naum 3.4) e sua maldade era tal, que a mensagem de Deus, por meio do profeta, termina com esta solene pergunta: “Pois quem não foi vítima da sua crueldade sem fim?” (Naum 3.19).

O tempo havia chegado, de Deus vindicar a Sua santidade naquele povo. O Senhor já tinha manifestado o Seu amor e Sua graça, no tempo do profeta Jonas. Agora, iria consumir os corações impenitentes como palha seca.

A história registra que no ano 602 A.C. cumpriu-se o julgamento de Deus, conforme anunciado décadas antes pelo profeta Naum. Foi tal a destruição da cidade, que ainda hoje a sua localização exata não é conhecida, sendo um montão de ruínas habitadas por animais. O resplendor e a glória de uma civilização perversa foram consumidos pelo Deus que é “FOGO CONSUMIDOR”! A ruína da grande cidade de Nínive (a fortaleza fundada pelo “valente” Ninrode) é um atestado da santidade de Deus, o qual não admite o pecado, julgando-o com FOGO.

Sabemos que “os céus e a terra que agora existem têm sido guardados para o FOGO, estando reservados para o Dia do Juízo e da destruição dos ímpios (2 Pedro 3.7). “Porém, o Dia do Senhor virá como um ladrão. Naquele dia os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão pelo FOGO. Também a terra e as obras que nela existem desaparecerão (2 Pedro 3.10).

            Deus é tardio em irar-se, mas não inocenta o culpado. “Não se enganem: de Deus não se zomba. Pois aquilo que a pessoa semear, isso também colherá” (Gálatas 6.7). “Com o puro, puro te mostras; com o perverso, inflexível (Salmos 18.26). “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10.31).

C – CRISTO RECEBEU A IRA DE DEUS NA CRUZ, NO LUGAR DE TODO QUE NELE CRÊ

Tendo o nosso pecado subido à presença do Deus Todo-poderoso, enviou Ele o Seu Filho Unigênito ao mundo, “não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” (João 3.17). Jamais podendo “inocentar o culpado”, Deus tomou o Senhor Jesus Cristo, “cordeiro sem defeito e sem mácula” (1 Pedro 1.19), tornando-O culpado em nosso lugar, para que nEle fôssemos feitos justos: “Pois também Cristo padeceu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir vocês a Deus” (1 Pedro 3.18). Na cruz do Calvário, o Deus que é FOGO CONSUMIDOR lançou toda a Sua ira sobre o Senhor Jesus, abandonando-O e fazendo-O enfermar. O Filho de Deus derramou o Seu próprio sangue para purificar do pecado todo aquele que nEle crê.

Depois que Jesus foi crucificado e sepultado, Deus o ressuscitou dentre os mortos, provando que a obra de redenção foi consumada. O apóstolo Paulo registrou: “nós que cremos naquele que ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou para a nossa justificação” (Romanos 4.24, 25).

Portanto, “quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3.18).

D – CRER OU NÃO CRER? EIS A QUESTÃO

“Depois de ter padecido, Jesus se apresentou vivo a seus apóstolos, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas relacionadas com o Reino de Deus” (Atos 1.3). Ele lhes ordenou “que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando em Jerusalém” (Lucas 24.47).

“Depois de ter dito isso, Jesus foi elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fixos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois homens vestidos de branco se puseram ao lado deles e lhes disseram:

“— Homens da Galileia, por que vocês estão olhando para as alturas? Esse Jesus que foi levado do meio de vocês para o céu virá do modo como vocês o viram subir” (Atos 1.9-11).

            O apóstolo Paulo, em uma de suas viagens missionárias, encerrou seu memorável discurso em Atenas com estas palavras: “Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ele ordena a todas as pessoas, em todos os lugares, que se arrependam. Porque Deus estabeleceu um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio de um homem que escolheu. E deu certeza disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17.30, 31). Naquela ocasião, muitos se afastaram, zombando da mensagem de Paulo. Poucos foram os que creram.

Em breve, Jesus Cristo voltará à terra. Porém, “quando o Filho do Homem vier na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. Todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos: porá as ovelhas à sua direita e os cabritos, à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Venham, benditos de meu Pai! Venham herdar o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo” (Mateus 25.31-34). “Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Afastem-se de mim, malditos, para o FOGO eterno, preparado para o diabo e seus anjos … E estes irão para o castigo eterno, porém os justos irão para a vida eterna” (Mateus 25.41, 46).

“E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado no lago de FOGO” (Apocalipse 20.15).

“Mas há uma coisa, amados, que vocês não devem esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos são como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.

“Porém, o Dia do Senhor virá como um ladrão. Naquele dia os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão pelo FOGO. Também a terra e as obras que nela existem desaparecerão.

“Uma vez que tudo será assim desfeito, vocês devem ser pessoas que vivem de maneira santa e piedosa, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus. Por causa desse dia, os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos se derreterão pelo calor.

“Nós, porém, segundo a promessa de Deus, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça” (2 Pedro 3.8-13).

“Por isso, recebendo nós um Reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e temor. Porque O NOSSO DEUS É FOGO CONSUMIDOR” (Hebreus 12.28, 29).

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Esta série foi preparada em 1977 por Gilberto Celeti e Luiz Ricardo Monteiro da Cruz (este já está na presença do Senhor). Ela foi ministrada originalmente nas escolas públicas aos alunos do Ensino Médio. Com pequena revisão, estou postando agora na expectativa de que o SENHOR a use para bênção de muitos e para Sua glória!

Gilberto Celeti
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PONTO DE ENCONTRO COM DEUS

Fez o Eterno Criador,
Deus que é santo e é amor,
Este ponto de encontro
Com o homem pecador.

Deus – fogo consumidor –
Não tolera o vil pecado.
Seja feito este encontro
Com o pecado eliminado.

Há eterno prejuízo,
Fica aqui dado o aviso,
Se o ponto de encontro
For no Dia do Juízo.

Quem a Deus tem ofendido,
Com o pecado cometido,
Chega ao ponto de encontro
Eternamente perdido.

É triste temeridade
Não pensar na eternidade.
Tenha já o ponto de encontro,
Não deixe para mais tarde.

É um bem-aventurado
O que já tem encontrado
Este ponto de encontro
Em Cristo crucificado.

Ficou livre da ameaça
Da dura e eterna desgraça,
Pois seu ponto de encontro
Foi com o Deus de toda graça.

Graça esta concedida
Em Jesus, que deu a vida
Para ser ponto de encontro,
Quando a alma arrependida

Reconhece seu pecado
Sendo em Cristo castigado.
Neste ponto de encontro
Foi o sangue derramado,

Sendo o justo pagamento
Do eterno livramento.
Neste ponto de encontro
Surge o novo nascimento.

Por favor, esteja pronto
Para ter com Deus o encontro.
No Juízo, é desgraça;
Hoje, pode ser em graça!

Gilberto Celeti

Prepare-se para encontrar seu Deus!” (Amós 4.12)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

ESTUDOS SOBRE DEUS - 22: DEUS É FIEL

 

 
Não são poucos os que, diante das decepções da vida, chegam a pensar e até mesmo a afirmar que Deus é um ser infiel, desleal, sem afeição constante, hipócrita e não cumpridor daquilo que promete.

            A estes, pode-se responder com estas palavras do Espírito Santo de Deus: “Você tem feito essas coisas, e eu me calei; você pensava que eu era igual a você; mas agora eu o repreenderei e porei tudo à sua vista” (Salmo 50.21).

            “Você pensava que eu era igual a você …” – Que tremendo pensamento!

A – CONHEÇAMOS O DEUS FIEL

            Há necessidade urgente, nestes últimos dias em que vivemos, de conhecermos verdadeiramente o Deus da Bíblia, e não o “deus” criado à imagem e semelhança do coração humano pois, como lemos em Jeremias 17.9: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto. Quem poderá entendê-lo?”

            Diferentemente, lemos a respeito de Deus: “… saibam que o Senhor, seu Deus, é Deus; ele é o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos” (Deuteronômio 7.9).

            Sim, Deus não é homem como nós, que não cumprimos aquilo que prometemos e a que nos obrigamos, que carecemos de exatidão naquilo que falamos ou fazemos, que fingimos ser aquilo que não somos, que vacilamos a todo instante, e que precisamos admitir que o nosso amor “é como a névoa da manhã e como o orvalho da madrugada, que logo desaparece” (Oséias 6.4).

            O Senhor nosso Deus é o Deus fiel. “O Senhor é fiel em todas as suas palavras e santo em todas as suas obras” (Salmo 145.13b).

B – O DEUS FIEL NA HISTÓRIA DE ISRAEL

O Senhor disse a Abrão: Saia da sua terra, da sua parentela e da casa do seu pai e vá para a terra que lhe mostrarei. Farei de você uma grande nação, e o abençoarei, e engrandecerei o seu nome. Seja uma bênção! Abençoarei aqueles que o abençoarem e amaldiçoarei aquele que o amaldiçoar. Em você serão benditas todas as famílias da terra.

“Partiu, pois, Abrão, como o Senhor lhe havia ordenado. E Ló foi com ele. Abrão tinha setenta e cinco anos quando saiu de Harã. Abrão levou consigo a sua mulher Sarai, o seu sobrinho Ló, todos os bens que haviam adquirido e as pessoas que lhes foram acrescentadas em Harã. Partiram para a terra de Canaã e lá chegaram. Abrão atravessou a terra até Siquém, até o carvalho de Moré. Nesse tempo os cananeus habitavam essa terra. O Senhor apareceu a Abrão e lhe disse: Darei esta terra à sua descendência. Ali Abrão edificou um altar ao Senhor, que lhe tinha aparecido” (Gênesis 12.1-7).

“O Senhor apareceu a Abraão nos carvalhais de Manre, quando ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia” (Gênesis 18.1).

“Certamente voltarei a você, daqui a um ano; e Sara, a sua mulher, dará à luz um filho. Sara estava escutando, à porta da tenda, atrás de Abraão. Abraão e Sara já eram velhos, avançados em idade; e a Sara já lhe havia cessado o costume das mulheres” (Gênesis 18.10, 11).

“O Senhor visitou Sara, como tinha dito, e cumpriu o que lhe havia prometido. Sara ficou grávida e deu à luz um filho a Abraão na sua velhice, no tempo determinado, de que Deus lhe havia falado. Ao filho que lhe nasceu, que Sara lhe dera à luz, Abraão deu o nome de Isaque” (Gênesis 21.1-3).

“Abraão, contra toda esperança, em esperança creu, tornando-se assim pai de muitas nações, como foi dito a seu respeito: ‘Assim será a sua descendência’. Sem se enfraquecer na fé, reconheceu que o seu corpo já estava sem vitalidade, pois já contava cerca de cem anos de idade, e que também o ventre de Sara já estava sem vitalidade. Mesmo assim não duvidou nem foi incrédulo em relação à promessa de Deus, mas foi fortalecido em sua fé e deu glória a Deus, estando plenamente convencido de que ele era poderoso para cumprir o que havia prometido” (Romanos 4.18-21-NVI).

“Pela fé, também, a própria Sara, apesar de não poder ter filhos e já ser idosa, recebeu poder para ser mãe, pois considerou fiel aquele que lhe havia feito a promessa” (Hebreus 11.11).

Abraão e Sara tiveram por fiel Aquele que lhes havia feito a promessa. Como peregrinos e estrangeiros, deixaram sua terra natal e sua parentela, indo em direção ao desconhecido, porque o Deus Fiel lhes tinha prometido herança. Já avançados em idade, humanamente impossibilitados de se tornarem pais, creram nAquele que lhes prometeu um filho, e conceberam Isaque!

Nas pegadas de Abraão e Sara, havia um Amigo certo, leal, constante em suas afeições, imutável, cumpridor da sua palavra: o Senhor, o Deus Fiel! Acima das incertezas da caminhada rumo à terra desconhecida, ou da fragilidade de seus próprios corpos amortecidos, havia Alguém que, sendo Todo-poderoso, cumpriria aquilo que prometeu com rigor inexcedível. “O Senhor é fiel em todas as suas palavras e santo em todas as suas obras” (Salmo 145.13b).

O Deus, em quem Abraão cria, era cumpridor da Sua palavra!

C – O DEUS FIEL E A MAIS ANTIGA PROMESSA

            Milhares de anos antes de Abraão, quando ocorreu a queda do homem no Jardim do Éden, Deus fez uma promessa maravilhosa quando, ao dirigir-se à serpente enganadora, afirmou: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar” (Gênesis 3.15). Ao homem caído, o Deus Fiel prometeu um descendente que iria ferir a cabeça de satanás, a serpente astuta e traiçoeira.

            Correram os séculos, e a fidelidade de Deus para consigo mesmo o levou a escolher Abraão, a fim de que da descendência dele nascesse Isaque, “porque por meio de Isaque será chamada a sua descendência” (Gênesis 21.12). De Isaque nasceu Jacó e, deste, a nação israelita.

            O livro de Josué apresenta-nos o relato triunfante da entrada do povo de Israel na terra de Canaã, a qual tinha sido prometida por Deus à Abraão e sua descendência centenas de anos antes. “Desta maneira, o Senhor deu a Israel toda a terra que, sob juramento, havia prometido dar a seus pais; eles tomaram posse dela e habitaram nela. O Senhor lhes deu repouso ao redor, segundo tudo o que havia jurado a seus pais. Nenhum de todos os seus inimigos resistiu diante deles; a todos eles o Senhor entregou nas mãos dos filhos de Israel. Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor havia falado à casa de Israel; tudo se cumpriu” (Josué 21.43-45).

“Muito tempo havia se passado desde que o Senhor tinha dado a Israel repouso de todos os seus inimigos ao redor. Josué agora já era bem idoso. Ele chamou todo o Israel, os seus anciãos, os seus chefes, os seus juízes e os seus oficiais e lhes disse: Já estou bem velho, e vocês já viram tudo o que o Senhor, seu Deus, fez com todas essas nações por causa de vocês, porque o Senhor, seu Deus, é o que lutou por vocês” (Josué 23.1-3).

“Eis que hoje sigo pelo caminho de todos os mortais, e vocês sabem de todo o coração e de toda a alma que nem uma só promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor, seu Deus, lhes falou; todas se cumpriram, nem uma delas falhou. E assim como se cumpriram todas estas boas coisas que o Senhor, seu Deus, lhes prometeu, assim o Senhor também cumprirá contra vocês todas as ameaças, até que os destrua de sobre a boa terra que o Senhor, seu Deus, lhes deu. Se violarem a aliança que o Senhor, seu Deus, lhes ordenou, e forem e servirem outros deuses, e os adorarem, a ira do Senhor se acenderá sobre vocês, e logo vocês desaparecerão da boa terra que ele lhes deu” (Josué 23.14-16).

  • As boas palavras? – Deus as cumpriu. – Nenhuma falhou!
  • E as ameaças? – Deus as cumpriu. – Nenhuma falhou!

O povo foi infiel para com o Deus Fiel. Eles foram “geração obstinada e rebelde, geração de coração inconstante, e cujo espírito não foi fiel a Deus” (Salmo 78.8); violaram a aliança que o Senhor lhes havia ordenado, “porque o coração deles não era firme para com ele, nem foram fiéis à sua aliança” (Salmo 78.37); serviram e adoraram outros deuses, e por isso foram entregues ao cativeiro e a horrendas aflições. Sendo Deus fiel, não poderia deixar de cumprir a Sua santa palavra.

Tu foste justo em tudo o que nos aconteceu, pois agiste com fidelidade, enquanto nós procedemos mal” (Neemias 9.33). Isto foi o que disseram aqueles que voltaram do cativeiro, arrependidos e confessando os seus pecados, reconhecendo que em tudo Deus procedeu fielmente.

Afinal, cumprindo a promessa feita no Éden, dentro da nação israelita nasceu o Salvador prometido: “Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gálatas 4.4, 5).

“Mas Deus, assim, cumpriu o que tinha anunciado anteriormente pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo havia de padecer” (Atos 3.18).

“Depois de cumprirem tudo o que estava escrito a respeito dele, tirando-o do madeiro, puseram-no em um túmulo. Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos, e durante muitos dias ele foi visto pelos que o tinham acompanhado da Galileia para Jerusalém, os quais são agora as suas testemunhas diante do povo. E nós anunciamos a vocês o evangelho da promessa feita aos nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando Jesus, como também está escrito no Salmo número dois: ‘Você é meu Filho; hoje eu gerei você’. E quanto ao fato de que o ressuscitaria dentre os mortos para que jamais voltasse à corrupção, Deus o expressou desta maneira: ‘E cumprirei a favor de vocês as santas e fiéis promessas feitas a Davi’” (Atos 13.29-34).

Do Jardim do Éden até o Calvário, há uma história: a história do Deus que cumpre aquilo que promete fazer. Prometeu ao homem um Salvador. Fez do Seu próprio Filho Unigênito o Salvador. Para que o Verbo se fizesse carne e habitasse entre nós, Deus preparou uma longa genealogia, escolhendo diferentes homens e mulheres, para cumprir em cada um a palavra da Sua boca. Do idoso Abraão ao ardiloso Jacó; do rei Davi à humilde Maria de Nazaré … todos experimentaram a fidelidade do Senhor, tornando-se, também, instrumentos da mesma fidelidade para que a promessa de Gênesis 3.15 fosse cumprida – “Este lhe ferirá a cabeça”.

D – O DEUS FIEL E A OBRA DA REDENÇÃO DO SER HUMANO

Na cruz do Calvário, tendo sido fiel e obediente até o fim, o Filho de Deus exclamou “Está consumado!” (João 19.30). Toda a obra de redenção em favor do homem perdido foi realizada por Jesus. Seu precioso sangue, que nos purifica de todo o pecado, foi vertido. Ele derramou a Sua própria vida, vencendo os aguilhões da morte e assim esmagando a cabeça da serpente, para que vis pecadores tivessem vida, e vida em abundância. “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, também Jesus, igualmente, participou dessas coisas, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos os que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2.14, 15).

A promessa feita a Abraão – “em você serão benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12.3) – se cumpriu em Jesus, em quem habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2.9), o qual “é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Colossenses 1.15), em quem “não pode haver mais grego e judeu, circuncisão e incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo é tudo e está em todos” (Colossenses 3.11).

  • O resumo de todas as boas palavras de Deus é: JESUS CRISTO!
  • O resumo de todas as promessas de Deus é: JESUS CRISTO!

“Porque todas as promessas de Deus têm nele o ‘sim’. Por isso, também por meio dele se diz o ‘amém’ para glória de Deus” (2 Coríntios 1.20).

Louvem o Senhor, todos os gentios; que todos os povos o louvem! Porque grande é a sua misericórdia para conosco, e a fidelidade do Senhor dura para sempre. Aleluia!” (Salmo 117.1, 2).

E – QUAL SERÁ NOSSA RESPOSTA?

Através dos milênios, o Deus Eterno tem sido fiel. Seu amor infinito cumpriu no Filho a Sua justiça e misericórdia, em favor do pecador. Resta, para este, um convite da parte do Senhor Jesus, que em lealdade cumpriu todo o desígnio do Pai: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (João 7.37, 38).

O Senhor Jesus permanece totalmente fiel, pois “… se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar a si mesmo” (2 Timóteo 2.13). Sim, “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre” (Hebreus 13.8).

Tudo foi consumado. “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva” (João 7.38). Assim disse Jesus. Que o Espírito Santo de Deus nos leve a conhecer aquele que “se chama Fiel e Verdadeiro” (Apocalipse 19.11), que morreu, mas agora vive, e que promete aos que nEle creem a vida eterna.

Entretanto, é preciso lembrar que há palavras de Deus pronunciadas a respeito daqueles que rejeitam ao Senhor, e Deus será fiel em cumpri-las também.

  • Quem rejeita a Jesus Cristo – o ‘sim’ e o ‘amém’ de todas as promessas de Deus …
  • Quem, apesar de ver em Jesus Cristo a prova irrefutável da fidelidade de Deus para com o homem – não querendo que este pereça, mas que seja salvo –, ainda assim o nega …
  • Quem permanece infiel para com Jesus Cristo …

… há de experimentar também a fidelidade de Deus em cumprir as suas ameaças. Pois está escrito: “Quem se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3.36).

O Deus Triúno e Imutável é fiel! Ele foi fiel para com Adão, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Davi, Daniel … Ele é fiel para com todos os seus. “Fiel é Deus, pelo qual vocês foram chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1.9).

O nosso Deus fiel nos ama!

“Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou, será que não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo ou a espada?

“Como está escrito: ‘Por amor de ti, somos entregues à morte continuamente; fomos considerados como ovelhas para o matadouro’. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.32-39).

Para aqueles que ouvem a voz do Bom Pastor, e que estão na mão do Pai – “… e da mão do Pai ninguém pode arrebatar” (João 10.29) – permanece a promessa fiel do Senhor Jesus Cristo: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28). Há segurança plena de salvação para os que estão em Cristo Jesus. Nada nos pode separar do amor de Deus que está em Jesus. Todo aquele que já foi lavado no precioso sangue de Cristo, o Cordeiro de Deus, pode descansar perfeitamente na promessa de que jamais perderá a sua salvação. Ela é eterna, pois descansa sobre uma obra eterna de redenção, e está baseada na Palavra dAquele que foi fiel até a morte e morte de cruz. Regozije-se nisso! A sua salvação não depende da instabilidade do seu coração, mas está eternamente firmada na fidelidade dAquele que é fiel em todas as Suas palavras e obras!

E mais: o Pai “nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo” (Efésios 1.3). Toda sorte de bênçãos há para os que estão em Cristo! Tudo está feito. Todas as promessas de bênção – e são milhares delas – de que nos fala a Palavra, já se cumpriram em Cristo. NEle, já são nossas!

Só nos resta entrar naquele descanso dos que conhecem o Senhor, saudando as Suas fiéis promessas como fez Abraão, na plena certeza de que tudo é nosso!

“Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel” (Hebreus 10.23).

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Esta série foi preparada em 1977 por Gilberto Celeti e Luiz Ricardo Monteiro da Cruz (este já está na presença do Senhor). Ela foi ministrada originalmente nas escolas públicas aos alunos do Ensino Médio. Com pequena revisão, estou postando agora na expectativa de que o SENHOR a use para bênção de muitos e para Sua glória!

Gilberto Celeti
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LOUVADO SEJA O DEUS FIEL

Misericórdia tão imensa, infinita,
Diante da minha miséria inaudita,
Pois sei que sofro desta peste tão maldita:
O vil pecado que em mim reina e habita.
Dia após dia convivo com tal desdita.

Mas o Eterno Deus Fiel que me visita,
Vem e perdoa-me de forma irrestrita.
Com o sangue puro de Jesus me habilita
A uma nova vida, santa, que é bendita.
E faz que minha alma alegre então reflita:

Quão surpreendente é Sua graça e Sua bondade.
E como é preciosa a Sua fidelidade,

Desejo, então, conhecer mais Sua vontade,
Expressa em Sua Palavra, a verdade,
E andar com Ele, cada dia, em santidade.

Sempre confiante, que em qualquer necessidade,
Mesmo no meio de uma forte tempestade,
Não vai falhar jamais Sua fidelidade.
E busco eu, com graça, em plena liberdade,
Com o Deus Filho, Cristo, ter conformidade.

E assim proclamo: Aleluia, em alto brado!
Pois só tu és, Deus, digno de ser louvado
E pelos povos todos ser sempre exaltado.
No Universo sejas reverenciado,
Ó Deus Triúno, eternamente adorado!

Gilberto Celeti

“Louvem o Senhor, todos os gentios; que todos os povos o louvem! Porque grande é a sua misericórdia para conosco, e a fidelidade do Senhor dura para sempre. Aleluia!” (Salmo 117.1, 2).