quinta-feira, 30 de novembro de 2023

DIA DO TEÓLOGO - OS 5 MAIS IMPORTANTES TEÓLOGOS DO CRISTIANISMO

 Trevin Wax inicia assim o seu artigo:


“Quem são os teólogos mais importantes e influentes da história do cristianismo?

“Se tivéssemos de fazer uma lista com só cinco nomes, quem escolheríamos?

“Depois de ter discutido o assunto com vários alunos, professores e teólogos do seminário, escolhi cinco teólogos que influenciaram de forma mais duradoura a teologia e a prática cristãs….”

Leia o artigo acessando este link:

https://coalizaopeloevangelho.org/article/os-5-teologos-mais-importantes-do-cristianismo/

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

ESTUDOS SOBRE DEUS - 15: DEUS É AMOR!

 “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas. Mas aquele que se gloria, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jeremias 9.23, 24).


Existem certas declarações na Escritura Sagrada, em relação ao Seu Autor – o Eterno Deus Triúno –, que impressionam grandemente o mais profundo de nosso ser, à medida que, debruçados diante da Palavra e em oração, vamos compreendendo um pouquinho mais a respeito deste Ser tão magnificente: “Deus é Espírito” (João 4.24), “Deus é luz” (1 João 1.5), “Deus é amor” (1 João 4.8).

            Louvado seja o santo Nome de Deus porque, por Sua graça, já pudemos estudar as duas primeiras declarações repletas de verdades preciosas e tremendas!

  • Deus é Espírito – Incorpóreo, sem substância  visível, não limitado a um local.
  • Deus é Luz – As “trevas” nos falam do mal, do pecado, da morte. Já a “luz” nos aponta o bem, a santidade, a vida.

E louvado seja o Seu santo Nome porque, agora, Ele nos permite contemplar a verdade de que Ele é amor!

A – O DEUS TRIÚNO É AMOR

A declaração “Deus é amor” implica em que:

  • O Pai é Amor: “Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2.15).
  • O Filho é Amor: “Pois o amor de Cristo nos domina” (2 Coríntios 5.14).
  • O Espírito Santo é Amor: “E também pelo amor do Espírito” (Romanos 15.30).

Note-se que a Bíblia não diz que Deus é “o” amor. Deus é uma personalidade, o amor constitui-se num elemento que pode ou não fazer parte da personalidade de alguém. No bendito Deus Triúno este elemento faz-se presente com tamanha expressão, que a Bíblia chega a afirmar: “Deus é amor”. O amor faz parte da própria natureza de Deus.

Muitos tem incorrido em erros grosseiros por não entenderem a relação existente entre o Deus Triúno e este atributo, inerente à Sua natureza.

B – DEUS É AMOR E NÃO O AMOR É DEUS

            Há muitos que creem na existência de um deus sem personalidade, como se fosse apenas uma força ativa que se manifesta na natureza, sob múltiplas formas – desde a terra que recebe toda forma de impurezas e produz frutos doces e saudáveis, a semente que morre para germinar, o tico-tico que choca os ovos do chupim, até as manifestações de amor entre os seres humanos (amor filial, amor maternal, amor conjugal, amor ao próximo etc.).

            Há muitos que creem na existência de um deus que subsiste como pessoa, ligando-o ao sensual, baseados num falso conceito de amor (erotismo). Daí entregarem-se a toda espécie de idolatria e corrupção. Corinto, cidade da antiga Grécia, permanece como exemplo histórico de uma cidade dedicada à deusa Afrodite (deusa da beleza e do amor, na mitologia). Todo culto a esta deusa estava ligado ao sexo. A imoralidade e a corrupção campeavam, e a cidade tornou-se famosa por sua perversão.

            O culto ao sexo não se restringiu à cidade de Corinto, mas através dos séculos expandiu-se de tal maneira que, em nossos dias, possui incontáveis adeptos. A adoração da carne (sensualismo) se expressa de diferentes maneiras: a macumba, a quimbanda, o movimento rock, a igreja de satanás, os chamados “meninos de deus”, os “hare krishna”, os cultos de adoração com danças, a posição de destaque que a mulher ocupa em diversas seitas (mães de santo, profetisas, videntes, cartomantes, médiuns, benzedeiras, faladeiras de línguas estranhas etc.).

            Falando com toda a franqueza, vivemos numa época de “Sexolatria”, em que tudo é sexo. “Literatura é sexo, diversão é sexo, cinema é sexo, arte é sexo, teatro é sexo, religião é sexo, amor é sexo, felicidade é sexo, infelicidade é sexo. A bênção do sexo tornou-se sexomania, com o amor livre, o homossexualismo, a pederastia e as aberrações sexuais” (Gerson Rocha -1925-2008. Foi pastor durante 43 anos da Primeira Igreja Batista de Vitória da Conquista).

            Há também muitos outros que falam do amor de Deus, mas estão total e completamente afastados do Deus de amor. Existe uma ideia, um tanto sentimental, de que o amor divino é indulgente, bonzinho, amável e que, no final das contas, vai sempre tolerar e perdoar a todos. De jeito nenhum. Não dá para “passar a mão na cabeça” do pecador culpado e deixar pra lá. Deus não fez isso, “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23). Deus é santo e justo, e para que fosse dado ao pecador o dom gratuito da vida eterna em Cristo Jesus, foi necessária a cruz. Jesus na cruz satisfez a justiça e santidade de Deus, pagando o preço com o seu sangue e a sua morte, logo a cruz foi o púlpito onde Deus pregou o amor.

C – DEUS É AMOR ETERNAMENTE

            Deus não veio a ter amor, nem passou a ser amor a partir de um determinado momento. Deus é eterno, e Deus é amor; como Ele não teve princípio, Seu amor também não teve. Deus não precisa se esforçar para manter Seu amor. Ele é, sempre foi, e sempre será, em Si mesmo, Amor! De eternidade a eternidade Deus é Amor – nunca nos esqueçamos de que Ele é imutável! E não somente isto: Deus é a fonte do verdadeiro amor, “porque o amor procede de Deus” (1 João 4.7).

            O profeta Jeremias registrou estas palavras: “De longe se me deixou ver o Senhor, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí” (Jeremias 31.3).

Esta verdade é maravilhosa: Deus ama aos Seus, de eternidade a eternidade!

D – O AMOR DE DEUS É SURPREENDENTE

            Os homens poderão definir o amor – e o fazem! –  como um sentimento que impele as pessoas para aquilo que se lhes parece belo, digno ou grandioso, levando-as a permanecerem leais e até sacrificarem-se umas pelas outras. Quão diferente e surpreendente é a conceituação divina de amor: “Porque os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, e os caminhos de vocês não são os meus caminhos, diz o Senhor” (Isaías 55.8).

            Por acaso Deus amou algo belo? Algo digno? Algo grandioso? Não, o amor de Deus não é influenciado por razão alguma, a não ser Sua própria vontade como está escrito: “Porque vocês são povo santo para o Senhor, seu Deus. O Senhor, seu Deus, os escolheu, para que, de todos os povos que há sobre a terra, vocês fossem o seu povo próprio. O Senhor os amou e os escolheu, não porque vocês eram mais numerosos do que outros povos, pois vocês eram o menor de todos os povos. Mas porque o Senhor os amava” (Deuteronômio 7.6-8). É o que lemos também no Novo Testamento: “Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (1 João 4.19).

Oh, que sublime verdade: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16)! Lemos na Palavra de Deus que “o mundo inteiro jaz no Maligno” (1 João 5.19) e que “tudo o que há no mundo — os desejos da carne, os desejos dos olhos e a soberba da vida — não procede do Pai, mas procede do mundo” (1 João 2.16). Lemos ainda no livro de Tiago: “Vocês não sabem que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo se torna inimigo de Deus” (Tiago 4.4).

            O amor de Deus não O impeliu àquilo que é belo, digno ou grandioso! Impeliu-o, sim, ao homem, indigno, verme, gusano; numa palavra: inimigo de Deus. Fê-lo olhar para seres totalmente rebeldes, cujo desígnio íntimo é mau desde a sua meninice, seres humanos dos quais se pode dizer que “o destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está naquilo de que deviam se envergonhar, visto que só pensam nas coisas terrenas” (Filipenses 3.19).

No entanto, “Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente alguém morreria por um justo, embora por uma pessoa boa alguém talvez tenha coragem para morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5.6-8).

Quem pode sondar o amor que levou o Filho Eterno de Deus (o Filho Amado – Mateus 3.17; Marcos 9.7) a sofrer em lugar daqueles que, por serem desprezíveis pecadores (e a natureza santa de Deus repudia o pecado), eram imerecedores de serem objeto de amor tão elevado? O salmista já havia profetizado: “Em paga do meu amor, me hostilizam; eu, porém, oro. Pagaram-me o bem com o mal; o amor, com ódio” (Salmo 109.4, 5). E temos registradas estas palavras tão tocantes de Jesus: “Odiaram-me sem motivo” (João 15.25).

E – O AMOR DE DEUS FOI PROVADO

            “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando ainda éramos pecadores” (Romanos 5.8).

            O amor de Deus foi provado. Basta ler o relato bíblico.

“E, saindo, Jesus foi, como de costume, para o monte das Oliveiras; e os discípulos o acompanharam … E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o suor dele se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra” (Lucas 22.39, 44).

“Judas, o traidor, também conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes havia se reunido ali com os seus discípulos. Tendo, pois, Judas recebido a escolta e alguns guardas da parte dos principais sacerdotes e fariseus, chegou a esse lugar com lanternas, tochas e armas” (João 18.2, 3).

“Então eles agarraram Jesus e o prenderam … Então todos o deixaram e fugiram” (Marcos 14.46, 50).

“E os que prenderam Jesus o levaram à casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde se haviam reunido os escribas e os anciãos … Então alguns cuspiram no rosto de Jesus e bateram nele. E outros o esbofeteavam” (Mateus 26.57, 67).

“Mas Herodes, juntamente com os seus soldados, tratou Jesus com desprezo. E, para zombar de Jesus, mandou que o vestissem com um manto luxuoso, e o devolveu a Pilatos … Toda a multidão, porém, gritava: Fora com este … Crucifique! Crucifique-o!” (Lucas 23.11, 18, 21).

“Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o Pretório, reuniram em torno dele toda a tropa. Tiraram a roupa de Jesus e o vestiram com um manto escarlate. E, tecendo uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça dele, e colocaram um caniço na sua mão direita. E, ajoelhando-se diante dele, zombavam, dizendo: Salve, rei dos judeus! E, cuspindo nele, pegaram o caniço e batiam na sua cabeça. Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e o vestiram com as suas próprias roupas. Então o levaram para ser crucificado” (Mateus 27.27-31).

Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, bem como aos malfeitores, um à sua direita, outro à sua esquerda. Mas Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, para repartir as roupas dele, lançaram sortes. O povo estava ali e observava tudo. Também as autoridades zombavam e diziam: Salvou os outros. Que salve a si mesmo, se é, de fato, o Cristo de Deus, o escolhido. Igualmente os soldados zombavam dele e, aproximando-se, trouxeram-lhe vinagre, dizendo: Se você é o rei dos judeus, salve a si mesmo. Acima de Jesus estava a seguinte inscrição: Este é o Rei dos Judeus.

“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Jesus, dizendo: Você não é o Cristo? Salve a si mesmo e a nós também. Porém o outro malfeitor o repreendeu, dizendo: Você nem ao menos teme a Deus, estando sob igual sentença? A nossa punição é justa, porque estamos recebendo o castigo que os nossos atos merecem; mas este não fez mal nenhum. E acrescentou: Jesus, lembre-se de mim quando você vier no seu Reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade lhe digo que hoje você estará comigo no paraíso” (Lucas 23.33-43).

“A partir do meio-dia, houve trevas sobre toda a terra até as três horas da tarde. Por volta de três horas da tarde, Jesus clamou em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactani? Isso quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Alguns dos que estavam ali, ouvindo isto, diziam: Ele chama por Elias. E, logo, um deles correu a buscar uma esponja e, tendo-a embebido em vinagre e colocado na ponta de um caniço, deu-lhe de beber. Os outros, porém, diziam: Espere! Vejamos se Elias vem salvá-lo” (Mateus 27.45-49).

“E o véu do santuário se rasgou pelo meio. Então Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou. O centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Verdadeiramente este homem era justo. E todas as multidões reunidas para aquele espetáculo, vendo o que havia acontecido, retiraram-se, batendo no peito. Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galileia ficaram de longe, contemplando estas coisas” (Lucas 23.45-49).

F – DEUS É AMOR – VOCÊ PODE REJEITAR OU RECEBER ESSE AMOR

Muitos são os que se retiram a lamentar batendo no peito … Poucos são os que permanecem a contemplar estas coisas … Que o Espírito Santo de Deus o leve a fazer parte desta pequena minoria que tem contemplado o insondável amor de Deus pelo pecador, aceitando a sua oferta de amor e perdão eternos!

“Pois o amor de Cristo nos domina, porque reconhecemos isto: um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.

“Ora, tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos seres humanos e nos confiando a palavra da reconciliação. Portanto, somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por meio de nós. Em nome de Cristo, pois, pedimos que vocês se reconciliem com Deus. Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.

“E nós, na qualidade de cooperadores com ele, também exortamos a que vocês não recebam em vão a graça de Deus. Porque ele diz: No tempo aceitável escutei você e no dia da salvação eu o socorri. Eis agora o tempo oportuno! Eis agora o dia da salvação!” (2 Coríntios 5.14-6.2).

Pense bem! Medite! Receba o amor de Deus! “Como escaparemos nós, se não levarmos a sério tão grande salvação?” (Hebreus 2.3). Tão grande amor! Você vai rejeitar ou receber?

A atitude de quem se arrependeu de seus pecados, creu no amor de Deus e recebeu a Cristo Jesus como seu Senhor e Salvador é a de louvar e adorar a Deus, que é Amor. Esta pessoa tem também a plena convicção de que, mesmo passando por tribulações e/ou perseguições nesse mundo, a realidade é que “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou, será que não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Romanos 8.32).

Esta segurança é baseada na Palavra de Deus, que diz que foi “Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”. Conhecer e desfrutar do amor eterno, infinito e imutável de Deus permite que falemos como o apóstolo Paulo: “Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo ou a espada? Como está escrito: ‘Por amor de ti, somos entregues à morte continuamente; fomos considerados como ovelhas para o matadouro’. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8.34-39).

Deus nos ama! Bendito seja o Senhor por Seu amor eterno, soberano, santo, gracioso e imutável! “Deus é amor”!

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Esta série foi preparada em 1977 por Gilberto Celeti e Luiz Ricardo Monteiro da Cruz (este já está na presença do Senhor). Ela foi ministrada originalmente nas escolas públicas aos alunos do Ensino Médio. Com pequena revisão, estou postando agora na expectativa de que o SENHOR a use para bênção de muitos e para Sua glória!

Gilberto Celeti
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DEUS NOS AMOU PRIMEIRO!

Passando por profunda humilhação,
O Verbo eterno em homem se tornou.
A Sua poderosa encarnação,
Comprova o quanto Ele nos amou.

Vivendo em perfeita obediência,
Jesus a cruz tão dura suportou;
Deixando eternamente, em evidência
O quanto o Deus Triúno nos amou.

Buscou Jesus o que estava perdido:
Escravos… pecadores… condenados…
Pra tê-los completamente remidos,
Seu sangue, lá na cruz, foi derramado.

De tal maneira o Pai ao mundo amou
Que o Filho Unigênito entregou;
E quem em Cristo crer e O receber
Não vai na morte eterna perecer.

Quem pelo amor de Deus é atraído,
Se volta para Ele arrependido,
Confiando totalmente em Jesus Cristo,
Reconhecendo, claramente, isto:

Que foi por Deus amado e escolhido,
Sendo por Cristo substituído,
E ama a Deus, completo, por inteiro,
Porque por Deus foi amado primeiro.

Gilberto Celeti

“Nós O amamos a Ele porque ele nos amou primeiro” (1 João 4.19-ACF).

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

ESTUDOS SOBRE DEUS: 14 - DEUS É SANTO

 


Ao ler estes versículos, procure visualizar a cena em sua mente: “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele. Cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. Os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e o templo se encheu de fumaça. Então eu disse: Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6.1-5).

Prezado estudante da Palavra de Deus: “O Senhor … está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Habacuque 2.20). Aqueles que, contemplando o Senhor no Seu santo templo, ouvem os serafins que clamam “uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Isaías 6.3), que palavras poderão proferir a não ser as mesmas que proferiu o profeta Isaías: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6:5), não é mesmo? E que atitude poderão assumir senão a de humilde reverência, como a dos serafins que cobriam o rosto e os pés? (Note-se que o cobrir o rosto e os pés indica a totalidade do ser – “dos pés à cabeça”).

A – A GLORIOSA E SUBLIME SANTIDADE DE DEUS

Em todo o imenso universo existe apenas Um ser, diante de quem se clama: “Santo, santo, santo”, como podemos verificar em Apocalipse 4.1-8:

“Depois destas coisas, olhei, e eis que havia uma porta aberta no céu. E a primeira voz que ouvi, que era como de trombeta ao falar comigo, disse: Suba até aqui, e eu lhe mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas. Imediatamente eu me achei no Espírito, e eis que havia um trono armado no céu, e alguém estava sentado no trono. E esse que estava sentado era semelhante, no aspecto, à pedra de jaspe e ao sardônio, e ao redor do trono havia um arco-íris semelhante, no aspecto, à esmeralda.

“Ao redor do trono havia também vinte e quatro tronos, e neles estavam sentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco e com coroas de ouro na cabeça. Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, estavam acesas sete tochas de fogo, que são os sete espíritos de Deus.

“Diante do trono havia algo como um mar de vidro, semelhante ao cristal. No meio do trono e à volta do trono havia também quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás. O primeiro ser vivente era semelhante a um leão, o segundo era semelhante a um novilho, o terceiro tinha o rosto semelhante ao de ser humano e o quarto ser vivente era semelhante à águia quando está voando.

“E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estavam cheios de olhos, ao redor e por dentro. Não tinham descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: ‘Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.’”

            Existe Alguém, ao redor de quem os serafins clamam, cobrindo o rosto e os pés por sentirem-se insuficientes. Diante desse Alguém, quatro seres viventes da mais alta percepção (“cheios de olhos por diante e por detrás … cheios de olhos, ao redor e por dentro” – vs. 6 e 8) não cessam de proclamar lhe a santidade. Esse Alguém, que é Único, é o Deus Santíssimo, diante de quem toda a terra tem de se calar e todo homem tem de se cobrir. Veja Salmo 46.10 e Salmo 99.5.

            Nunca homem algum poderia definir ou mesmo compreender a santidade de Deus, Contudo, cremos que, diante da visão que o Espírito Santo registra em Apocalipse, podemos aprender algumas lições preciosas quanto a este atributo do Deus Triúno.

B – A SANTIDADE DE DEUS É SOBREMANEIRA BELA E INCOMPARÁVEL

            “‘Com quem vocês vão me comparar? A quem eu seria igual?’ diz o Santo” (Isaías 40.25). Tal é o resplendor de Deus, “o Alto, o Sublime, que habita a eternidade e cujo nome é Santo” (Isaías 57.15), que o Seu Espírito lançou mão da seguinte expressão para descrevê-lo: “Esse que estava sentado era semelhante, no aspecto, à pedra de jaspe e ao sardônio” (Apocalipse 4.3). O jaspe e o sardônio combinados (de cor avermelhada) nos dão ideia de um fulgor e beleza indescritíveis; daí o fato de se descrever o rosto do Senhor Jesus Cristo, lá na glória, como brilhante “como o sol na sua força” (Apocalipse 1.16).

A santidade de Deus é sobremaneira bela, e Deus exige que O adoremos “na beleza da sua santidade” (Salmo 96.9). Ele é o único que é digno de adoração. Ele é Santo! “Ninguém é santo como o Senhor, porque não há outro além de ti, e não há rocha como o nosso Deus” (1 Samuel 2.2).

A Bíblia ensina que ser santo é estar separado. O Deus Santo, por Sua própria natureza, é absolutamente separado de tudo e de todos, para receber de tudo e de todos a adoração que lhe é devida. “Adorem o Senhor na beleza da sua santidade; tremam diante dele, todas as terras” (Salmo 96.9).

Entretanto, o que o ser humano tem feito?

Tem colocado coisas em pé de igualdade com o Santo Deus incomparável! Em sua própria loucura, o ser humano tem pensado que pode separar (isto é, santificar, canonizar) objetos, locais, animais, pessoas e até mesmo anjos (quer sejam bons – os chamados “anjos da guarda”; quer sejam maus – “os demônios”), para diante deles se prostrar em adoração.

  • Que santidade há em um pedaço de mármore extraído de uma terra maculada pelo pecado e considerada maldita por Deus? (Veja Gênesis 3.17.)
  • Que santidade há nas águas do mar, impossibilitadas até mesmo de dessedentar um pobre cão?
  • Que santidade há nas chamadas “cidades santas”, onde salta à vista a exploração comercial e a imoralidade?
  • Que santidade há em uma gravura ou uma estatueta de barro ou gesso, que facilmente podem ser danificadas e destruídas?
  • Que santidade há em uma pobre vaca a mugir no pasto, impossibilitada de se livrar dos próprios bernes que lhe fustigam o couro?
  • Que santidade há na mais digna, humilde e generosa das criaturas humanas, cujas justiças a palavra de Deus descreve como trapo de imundícia? (Veja Isaías 64.6.)
  • Que santidade pode haver em anjos decaídos, compactuados com Satanás, os quais, ainda que transformados em anjos de luz, são cheios de todo o engano e de toda a maldade, inimigos de toda a justiça, e nunca cessam “de perverter os retos caminhos do Senhor?” (Atos 13.10).
  • Que santidade há nos anjos de Deus a quem ele “atribui imperfeições?” (Jó 4.18).

Em nome de Deus, que é Santo, lançamos um solene anátema sobre tudo aquilo que o homem canoniza, pois somente o Senhor “reina … Ele está entronizado acima dos querubins … O Senhor é grande em Sião e está exaltado acima de todos os povos. Celebrem eles o teu nome grande e tremendo, porque é santo” (Salmo 99.1-3).

C – A SANTIDADE DE DEUS É PURA

            “Diante do trono havia algo como um mar de vidro, semelhante ao cristal” (Apocalipse 4.6). O cristal é um vidro muito límpido e puro. O mar nos dá sempre a ideia de imensidão e separação.

  • Deus é imensamente límpido, imensamente puro, imensamente separado do pecado. Santo! Santo! Santo!

“Não és tu desde a eternidade, ó Senhor, meu Deus, ó meu Santo? …Tu és tão puro de olhos, que não podes suportar o mal nem tolerar a opressão …” (Habacuque 1.12, 13).

            Quando contemplamos o Senhor Jesus Cristo na cruz, sendo feito pecado por nós, vemos a completa pureza da santidade de Deus, que levou o Pai a desviar do Filho o Seu olhar, o que fez Jesus clamar “em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactani? Isso quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27.46). Naquele instante, quando era derramado o sangue do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29), houve trevas sobre toda a terra (Mateus 27.45). “E Jesus clamando outra vez em alta voz, entregou o espírito. Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas se partiram” (Mateus 27.50,51). Então, “o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Verdadeiramente este homem era justo. E todas as multidões reunidas para aquele espetáculo, vendo o que havia acontecido, retiraram-se, batendo no peito” (Lucas 23.47, 48).

            Se o Filho, “que não conheceu pecado” (2 Coríntios 5.21), sofreu o terrível desamparo de Deus ao lhe serem imputados os pecados dos que nEle creem, que diremos dos pecadores, “mortos (separados de Deus) em suas transgressões e pecados” (Efésios 2.1), senão que haverão de sofrer “penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder” (2 Tessalonicenses 1.9).

            Desse modo, se cumprirá o que está escrito em Apocalipse 20.15: “E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado no lago de fogo.”

D – A SANTIDADE DE DEUS EXIGE JUÍZO E PROPORCIONA ESPERANÇA

“E esse que estava sentado era semelhante, no aspecto, à pedra de jaspe e ao sardônio, e ao redor do trono havia um arco-íris semelhante, no aspecto, à esmeralda” (Apocalipse 4.3). A primeira vez que a Escritura Sagrada faz referência ao arco-íris é no livro de Gênesis. Depois de ter destruído o mundo por causa da iniquidade, salvando Noé, sua família e um casal de cada espécie de animal, Deus afiançou ao seu servo Noé que não tornaria a destruir a criação por meio de um dilúvio. O arco-íris foi um sinal visível do Deus Santo que executou juízo sobre o pecado, preservando, contudo, os seus escolhidos.

“O Senhor é fiel em todas as suas palavras e santo em todas as suas obras” (Salmo 145.13). Não podendo, no entanto, tolerar o pecado diante de Si, o Senhor alertou que haverá de destruir todo o universo por meio do fogo: “os céus e a terra que agora existem têm sido guardados para o fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e da destruição dos ímpios” (2 Pedro 3.7).

A esmeralda, de cor verde e límpida, nos faz pensar que houve uma esperança para Noé quando Deus, que é santo em todas as Suas obras, executou o Seu juízo sobre a terra. Bendito seja Deus – que é Santo, Santo, Santo –, uma vez que hoje há também para a humanidade uma porta de esperança! Jesus afirmou: “Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo; entrará, sairá e achará pastagem” (João 10.9).

Ao afirmarmos que Deus é santo em todas as Suas obras, estamos asseverando que Ele é santo no exercer os seus juízos (e por exercê-los) e santo no salvar o pecador (e por salvá-lo).

Temos a grande prova desta verdade preciosa na cruz do Calvário. O próprio Deus, enviando o Seu Filho ao mundo, permitiu que este sofresse, sendo “traspassado por causa das nossas transgressões e esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos sarados” (Isaías 53.5). O castigo caiu sobre o Senhor Jesus para que tenhamos perdão, salvação, paz, vida eterna. Jesus foi o nosso Substituto.

A santidade de Deus é de caráter duplo: por um lado exige que o pecado seja castigado, e então retirado, e por outro que a justiça seja introduzida, tornando o pecador aceitável diante de Sua presença, reconciliado com Deus. Na cruz, podemos contemplar, a um só tempo, o juízo e a graça! Por esta razão está escrito: “quando vocês estavam mortos nos seus pecados … ele [Deus Pai] lhes deu vida juntamente com Cristo, perdoando todos os nossos pecados. Cancelando o escrito de dívida que era contra nós … o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, cravando-o na cruz” (Colossenses 2.13, 14). Sim, foi em Jesus, ali na cruz do Calvário que “a graça e a verdade se encontraram, a justiça e a paz se beijaram” (Salmo 85.10).

Deus perdoou real e totalmente todos os delitos daqueles por quem Cristo morreu (e aqui temos preciosíssima prova de Sua graça); mas, para isso, Deus teve que encravar na cruz o escrito da dívida que havia contra nós (exercício do Seu juízo). O pecado não tolerado e a graça abundante se encontraram na cruz. O Filho de Deus, “Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5.21).

Agora, estando justificados por Deus, temos esperança e podemos atender à recomendação do apóstolo Pedro:

“Por isso, preparando o seu entendimento, sejam sóbrios e esperem inteiramente na graça que lhes está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo. Como filhos obedientes, não vivam conforme as paixões que vocês tinham anteriormente, quando ainda estavam na ignorância.

“Pelo contrário, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, porque está escrito: Sejam santos, porque eu sou santo.

“E, se vocês invocam como Pai aquele que, sem parcialidade, julga segundo as obras de cada um, vivam em temor durante o tempo da peregrinação de vocês, sabendo que não foi mediante coisas perecíveis, como prata ou ouro, que vocês foram resgatados da vida inútil que seus pais lhes legaram, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem defeito e sem mácula.

“Ele foi conhecido antes da fundação do mundo, mas foi manifestado nestes últimos tempos, em favor de vocês. Por meio dele, vocês creem em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, para que a fé e a esperança de vocês estejam em Deus” (1 Pedro 1.13-21).

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Esta série foi preparada em 1977 por Gilberto Celeti e Luiz Ricardo Monteiro da Cruz (este já está na presença do Senhor). Ela foi ministrada originalmente nas escolas públicas aos alunos do Ensino Médio. Com pequena revisão, estou postando agora na expectativa de que o SENHOR a use para bênção de muitos e para Sua glória!

Gilberto Celeti
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A SANTIDADE DE DEUS – SALMO 99

Poderoso Rei, que exalta a justiça,
E que firma eternamente a equidade;
Deus, que faz da santidade sua premissa,
Seu governo é baseado na verdade.

Criador do Universo, Soberano,
O Seu Nome é excelso e tremendo.
Sabiamente ele executa o seu plano;
Ofendê-lo e desonrá-lo é horrendo.

Sacerdotes invocaram o Seu Nome,
Entre eles Samuel, Moisés e Arão;
E também pode invocá-lo todo homem,
Que contrito o busca, e de coração.

Deus atende e perdoa o vil pecado,
Pois criou um meio para fazer isto:
Um Cordeiro, que na cruz foi castigado
Pra tirar o mal, e este é Jesus Cristo!

Ao Deus Pai, o Santo Deus, glorifiquemos!
Ao Deus Filho, o Santo Cristo, exaltemos!
Ao Espírito, que é Santo, escutemos!
Ao Deus Trino, Santo, Santo, adoremos!

Gilberto Celeti