quarta-feira, 20 de setembro de 2023

ESTUDOS SOBRE DEUS 05 – SUA COEXISTÊNCIA (III)

 “Será que você não sabe, nem ouviu que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos confins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? A sabedoria dele é insondável” (Isaías 40.28). 05 – SUA COEXISTÊNCIA (III) - HARMONIA NA TRIUNIDADE

    Como é precioso aprendermos que o Deus, que é completo em Si mesmo, está em atividade realizando obras admiráveis que trazem glória ao Seu nome! Agindo em perfeita harmonia consigo mesmo, o Deus Triúno “nem se cansa, nem se fatiga”. Em todas as obras divinas vemos claramente as três Pessoas em ação, não interferindo uma no trabalho da outra e, ao mesmo tempo, trabalhando juntas para a consumação do mesmo propósito.
Veremos neste estudo a perfeita harmonia de ação da Triunidade, mediante dois exemplos singulares: na criação e na redenção.

A – HARMONIA DA TRIUNIDADE NA CRIAÇÃO
a) Participação das três Pessoas – No primeiro versículo da Bíblia Sagrada está registrado: “No princípio, Deus criou os céus e a terra” (Gênesis 1.1). Na língua hebraica (idioma em que foi originalmente escrito o Antigo Testamento), a palavra “Deus” neste versículo é “Elohim”, que está na forma plural, indicando que quem criou foi o PAI, o Filho e o Espírito Santo. O profeta Jeremias também afirmou: “Mas o Senhor é o verdadeiro Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno. A terra treme diante do seu furor, e as nações não podem suportar a sua indignação. Digam-lhes o seguinte: ‘Os deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão da terra e de debaixo destes céus.’ O Senhor fez a terra pelo seu poder. Com a sua sabedoria, estabeleceu o mundo; e, com a sua inteligência, estendeu os céus” (Jeremias 10.10-12).
b) Participação específica do ESPÍRITO SANTO – O segundo versículo da Bíblia diz que: “A terra era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre as águas” (Gênesis 1.2). A presença e participação do Espírito Santo são nítidas. Também lemos nas Escrituras: “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo-Poderoso me dá vida” (Jó 33.4).
c) Participação específica do FILHO – O Novo Testamento revela com exatidão inquestionável a presença do Filho na criação: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (João 1.1-3). É digno de nota observar que a expressão “Verbo”, usada em relação ao Filho, apresenta-nos ensino especial, pois mostra-nos que o Filho é a expressão daquilo que Deus pensa e quer; daí a razão das palavras de Jesus: “Em verdade, em verdade lhes digo que o Filho nada pode fazer por si mesmo, senão somente aquilo que vê o Pai fazer; porque tudo o que este fizer, o Filho também faz” (João 5.19).
Aprendemos então que, na criação, o FILHO deu expressão àquilo que estava no querer do PAI; e o ESPÍRITO SANTO, movendo-se sobre as águas (pairando), outorgou poder ao ato criador. E ao final da criação está registrado: “Deus viu tudo o que havia feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1.31).
B – HARMONIA DA TRIUNIDADE NA REDENÇÃO
Manifesto é que a criação perfeita se tornou maculada pela desobediência do homem – “Porque sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora” (Romanos 8.22). Adão ouviu esta palavra da parte de Deus: “Por ter dado ouvidos à voz de sua mulher e comido da árvore que eu havia ordenado que não comesse, maldita é a terra por sua causa” (Gênesis 3.17). O ensino da Palavra de Deus não deixa nenhuma dúvida quando afirma: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado veio a morte, assim também a morte passou a toda a humanidade, porque todos pecaram” (Romanos 5.12).
O primeiro homem e sua mulher, que haviam sido criados para gozar da mais íntima comunhão com o Criador, o Deus Santo, foram banidos de Sua presença, pois, como diz a Bíblia: “as iniquidades de vocês fazem separação entre vocês e o seu Deus; e os pecados que vocês cometem o levam a esconder o seu rosto de vocês” (Isaías 59.2). E a razão é esta: “Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1 João 1.5).
Mas “Deus é amor” (1 João 4.😎, e fez ao homem decaído uma promessa de salvação, quando da queda deste, ao dirigir-se a satanás dizendo-lhe: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar” (Gênesis 3.15).
E Deus cumpriu sua promessa: “Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho ao nosso coração, e esse Espírito clama: ‘Aba, Pai!’” (Gálatas 4.4-6).
Portanto, na salvação do pecador vemos:
a) O Pai – que “amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
b) O Filho – que “mesmo existindo na forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus algo que deveria ser retido a qualquer custo. Pelo contrário, ele se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhante aos seres humanos. E, reconhecido em figura humana, ele se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses 2.6-8).
c) O Espírito Santo – que veio para convencer “o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque eles não creem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado” (João 16.8-11).
Aprendemos então que, na redenção, o FILHO deu expressão àquilo que estava no querer do PAI e o ESPÍRITO SANTO, movendo-se sobre o coração do pecador (pairando), leva-o à convicção do pecado (não crer no Filho), da justiça (o Filho consumou a obra da salvação e voltou para o Pai), e do juízo (a cabeça de satanás já está esmagada), outorgando-lhe o dom da salvação, do novo nascimento.
“Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8, 9).
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
Esta série foi preparada em 1977 por Gilberto Celeti e Luiz Ricardo Monteiro da Cruz (este já está na presença do Senhor). Ela foi ministrada originalmente nas escolas públicas aos alunos do Ensino Médio. Com pequena revisão, estou postando agora na expectativa de que o SENHOR a use para bênção de muitos e para Sua glória!
Gilberto Celeti
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
AO DEUS TRINO ADOREMOS
Poderoso Rei, que exalta a justiça
Que confirma eternamente a equidade
E da Sua santidade faz premissa,
Tu governas baseado na verdade.
O Seu Nome é excelso e tremendo,
Criador do Universo, Soberano.
Ofendê-lo e desonrá-lo é horrendo!
Pra salvar o pecador Deus tem um plano.
Sacerdotes invocaram o Seu Nome,
Entre eles Samuel, Moisés e Arão;
E também pode invocá-lo todo homem
De contrito e arrependido coração.
Deus responde e perdoa o vil pecado,
Pois criou um meio para fazer isto:
Um Cordeiro, que na cruz foi imolado,
Já venceu a morte. Este é Jesus Cristo!
Ao Deus Pai, o Santo Deus, glorifiquemos!
Ao Deus Filho, o Santo Cristo, exaltemos!
Ao Espírito, que é Santo, escutemos!
Ao Deus Trino, Santo, Santo, adoremos!
Gilberto Celeti
Deixe no final o seu comentário, ou se preferir no Blog:
Muito obrigado!

Nenhum comentário:

Postar um comentário