terça-feira, 26 de março de 2024

ESTUDOS SOBRE DEUS: 32 – CONCLUSÃO

 “Saibam que o Senhor é Deus” (Salmo 100:3).


A) A EXPERIÊNCIA É O QUE IMPORTA E NÃO A MERA TEORIA

Temos procurado conhecer a Bendita Pessoa do Deus Eterno através de vários de seus atributos, tão claramente apresentados na Escritura Sagrada. Na verdade, temos pisado terra santa à semelhança de Moisés, no passado. Misericordioso, reto, justo, santo, bom, verdadeiro, são apenas alguns dos apelativos que estudamos, na tentava de conhecer melhor o Altíssimo.

Estamos chegando agora não final desta série de estudos, Como que uma nuvem espessa nos vem sombrear o coração, depois de havermos gastado tanto tempo a contemplar juntos o fulgor daquele que é luz. E a razão desse temor é simples, ainda que profundamente aterradora: Terá alguém recebido todo o precioso ensino da Palavra de Deus em vão? Será que você meramente acumulou conhecimentos a respeito do Deus Triúno, sem contudo, experimentá-lo no seu viver? Do mais profundo do nosso ser oramos para que tal não seja verdade!

O Deus da Bíblia é o eterno “Eu Sou o que Sou” (Êxodo 3:14), o Deus presente, vivo, real, que na Bendita Pessoa do Senhor Jesus Cristo fez-se carne e habitou entre nós para que contemplemos a sua glória e, à semelhança do apóstolo João, proclamemos: “Aquele que existia desde o princípio, aquele que ouvimos e vimos com nossos próprios olhos e tocamos com nossas próprias mãos. Ele é a Palavra da vida. Aquele que é a vida nos foi revelado, e nós o vimos. Agora, testemunhamos e lhes proclamamos que ele é a vida eterna. Ele estava com o Pai e nos foi revelado. Anunciamos-lhes aquilo que nós mesmos vimos e ouvimos, para que tenham comunhão conosco. E nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” (1 João 1:1-3).

O apóstolo João viu, ouviu, contemplou, apalpou a verdade. Ele teve a experiência da verdade. Daí poder afirmar pelo Espírito: . E nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo”, pois, nas palavras do apóstolo Paulo: “… o Espírito confirma a nosso espírito que somos filhos de Deus” (Romanos 8:16).

De nada vale a mera teoria. Deus nos quer para sermos seus filhos. Está escrito: “Pelo poder de Deus nos foram concedidas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. Por meio delas, ele nos concedeu as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vocês se tornem coparticipantes da natureza divina, tendo escapado da corrupção das paixões que há no mundo” (2 Pedro 1:3,4). Aos seus filhos Deus disciplina para serem “participantes da sua santidade” (Hebreus 12:10).

B) A EXPERIÊNCIA DE ABRAÃO

Abraão, por exemplo, conheceu o Deus fiel por experiência. Dele recebeu a seguinte ordem: “Pegue o seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá à terra de Moriá. Ali, ofereça-o em holocausto, sobre um dos montes, que eu lhe mostrar” (Gênesis 22:2). Que fez Abraão? “Na manhã seguinte, Abraão levantou-se de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, levou consigo dois dos seus servos e Isaque, seu filho. Rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado” (Gênesis 22:3). Após uma caminhada de três dias, tendo chegado ao local, lemos que “Isaque rompeu o silêncio e disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Abraão respondeu: Eis-me aqui, meu filho! Isaque perguntou: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Abraão respondeu: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho” (Gênesis 22:7,8).

E lemos no Novo Testamento que “pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque. Aquele que acolheu as promessas de Deus estava a ponto de sacrificar o seu único filho, do qual havia sido dito: A sua descendência virá por meio de Isaque. Abraão considerou que Deus era poderoso até para ressuscitar Isaque dentre os mortos, de onde também figuradamente o recebeu de volta” (Hebreus 11:17-19). À hora que que ia imolar o próprio filho, por considerar que Deus lhe proveria vida novamente, Deus o fez ver “um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos. Abraão pegou o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.” (Gênesis 22:13).

                Deus proverá”. Esta foi a experiência de Abrão. Não ouviu outros falarem de suas experiências pessoais. Ele O conheceu pessoalmente como o Deus que é capaz de toda a provisão para seus filhos, ainda que, muitas fezes, tal provisão pareça impossível.

Parece-lhe impossível que seja salvo? Você pensa e sente que os seus pecados são grandes demais para que sejam perdoados? “Deus proverá”, é a resposta da Escritura Sagrada. E Ele já providenciou tudo. Ele enviou Jesus Cristo!

Jesus é o Amigo dos pecadores. Na verdade ele somente pode salvar aqueles que se reconhecem pecadores. Numa conversa com fariseus, bem religiosos, “Jesus tomou a palavra e disse: — Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento” (Lucas 5.31,32).
            O decreto do Soberano e Eterno Deus é que “o sangue de Jesus……. nos purifica de todo pecado” (1 João 1.7). Está escrito que “Jesus…… tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus, aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados. E disto nos dá testemunho também o Espírito Santo. Porque, após ter dito: “Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Imprimirei as minhas leis no coração deles e as inscreverei sobre a sua mente”, acrescenta: Também dos seus pecados e das suas iniquidades jamais me lembrarei” (Hebreus 10.12-17).
            Jesus é a provisão completa de Deus para o pecador. Nele a justiça divina foi totalmente satisfeita, pois “agora, sem lei, a justiça de Deus se manifestou, sendo testemunhada pela Lei e pelos Profetas. É a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem. Porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus apresentou como propiciação, no seu sangue, mediante a fé. Deus fez isso para manifestar a sua justiça, por ter ele, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos, tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, a fim de que o próprio Deus seja justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus” (Romanos 3.21-26). Cabe agora a todo aquele que reconhece ser um pecador experimentar, pela fé, a provisão de Deus, na plena certeza de que ela é completa, pois Deus é perfeito!

A experiência é que importa e não a mera teoria.

C) A EXPERIÊNCIA DE MOISÉS

Moisés também conheceu ao Senhor por experiência! “Sendo homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado. Ele entendeu que ser desprezado por causa de Cristo era uma riqueza maior do que os tesouros do Egito…… Pela fé, Moisés abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a ira do rei, pois permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível” (Hebreus 11.24-27).

Estando a conduzir o povo de Israel em direção à terra que Deus lhes prometera dar, subitamente “vieram os amalequitas e atacaram Israel em Refidim” (Êxodo 17.8). O inimigo se aproximou visando destruir o povo de Deus. Que fazer? É o que acontece exatamente conosco na caminhada cristã, quando o inimigo nos rodeia “como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5.8). Temos aí a oportunidade para experimentar a grandeza do Altíssimo. Moisés resistiu firme na fé, e Israel, na pessoa do comandante Josué “destruiu os amalequitas a fio de espada” (Êxodo 17.13). Que preciosa experiência! A Bíblia diz que “Moisés edificou um altar e lhe deu o nome de o Senhor é minha bandeira” (Êxodo 17.15). Onde tremula uma bandeira, aí há um soberano. E Moisés reconheceu o Deus Soberano, Eterno amparador e refúgio de Seus filhos. Ele podia olhar para tudo e para todos sem medo, pois o Todo-poderoso era a sua bandeira!

Você já tem a experiência pessoal do Deus que é protetor daqueles que O buscam?

  • Salmos 46.1 – “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações”.
  • Salmos 91:1,2 – “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: “Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio”.
  • Provérbios 18.10 – “Torre forte é o nome do Senhor; o justo corre para ela e está seguro”.
  • Naum 1.7 – “Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam”.

No final do seu ministério, pouco antes de ser julgado, condenado à crucificação, o Senhor Jesus referindo-se à cidade de Jerusalém, afirmou: “Jerusalém, Jerusalém! Você mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, mas vocês não quiseram!” (Lucas 13.34). Moisés refugiou-se às asas do Onipotente, e reconheceu que Ele é “bandeira”. Jerusalém foi rebelde ao Senhor, daí ter ele proferido contra ela as seguintes palavras: “Eis que a casa de vocês ficará deserta” (Lucas 13.35). Isso nos faz lembrar das palavras proferidas registradas em Jeremias 17.5-8: ”Assim diz o Senhor:

Maldito aquele que confia no ser humano, que faz da carne mortal o seu braço e cujo coração se desvia do Senhor! Porque ele será como um arbusto solitário no deserto e não verá quando vier o bem; pelo contrário, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável.”

“Bendito aquele que confia no Senhor e cuja esperança é o Senhor. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, porque as suas folhas permanecem verdes; e, no ano da seca, não se perturba, nem deixa de dar fruto.”

Para aquele que confia em Jesus Cristo, o Filho o Deus Vivo, há uma maravilhosa promessa da Palavra de Deus: “Ele o cobrirá com as suas penas, e, sob as suas asas, você estará seguro; a sua verdade é proteção e escudo” (Salmos 91.4).

  • Se o inimigo deseja atacá-lo, sob Suas asas você estará seguro.
  • Se o mundo quer seduzi-lo, sob suas asas você estará seguro.
  • Se o eu procura derrotá-lo, sob Suas asas você estará seguro.

A experiência da fé no Deus Triúno, mediante Jesus Cristo, nos leva à vitória. “Graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios 15.57). E nos leva a exclamar como Moisés: “o Senhor é minha bandeira!”

A experiência é que importa e não a mera teoria.

D) A EXPERIÊNCIA DE DAVI

O rei Davi, homem segundo o coração de Deus (Atos 13.22), pode afirmar: “O Senhor é o meu pastor; nada me faltará” (Salmos 23.1). Quantas e quantas vezes Davi não teria se sentido tão frágil como uma ovelha! … diante do feroz Golias… escondendo-se do traiçoeiro rei Saul… à vista de seu filhos Absalão que o traiu tomando-lhe a coroa de rei… tremendas lutas enfrentou Davi.

Mas sua experiência diante dos mais difíceis e amargos problemas da vida foi dizer: “O Senhor é o meu pastor”.

  • Se havia fadiga, o Pastor o levava “para junto das águas de descanso”
  • Se havia angustia, ele dizia: o Pastor “refrigera-me a alma”
  • Se havia insultos, se caía em pecado, se ficava perplexo quanto ao que fazer, sua experiência era esta: o Pastor “guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome”

A experiência de Davi o levou a orar: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam. Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges a minha cabeça com óleo; o meu cálice transborda. Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do Senhor para todo o sempre” (Salmos 23:.4-6).

Pela fé Davi sabia que ainda que enfrentasse os maiores terrores, haveria de experimentar muito mais da presença do Pastor. E podemos trazer à memória as palavras do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:

“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas…… As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo, e da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Eu e o Pai somos um” (João 10.11, 27-30).

Você já tem a experiência de conhecer o Bom Pastor? Já descansou nEle as suas fadigas? Ele mesmo fez o convite: “Venham a mim todos vocês que estão cansados e sobrecarregados, e eu os aliviarei. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração; e vocês acharão descanso para a sua alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11.28-30).

Jesus o Bom Pastor, deu a vida pelas ovelhas. Ele é “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1.29). Seu sangue derramado na cruz, é que garante a nossa salvação, nos faz justificados diante de Deus, e podemos ter a plena certeza de que habitaremos na “na Casa do Senhor para todo o sempre” (Salmo 23.6).

Ouvir a voz do Bom Pastor é uma experiência de fé que transforma a vida. Não é mero palavrório, nem filosofia, nem fantasia, nem poesia. É vida! Jesus fiz: “Eu sou a vida” (João 14.6).

A experiência é que importa e não a mera teoria.

E) CONCLUSÃO

Estimado estudante da Palavra de Deus, que tem acompanhado esta série de Estudos sobre a Pessoa de Deus, que seja também sua:

  • A experiência de Abraão – O Senhor é a minha provisão! Jesus Cristo é a provisão de Deus em nosso favor.
  • A experiência de Moisés – O Senhor é a minha bandeira! Jesus Cristo é a bandeira sob cujas asas estamos seguros.
  • A experiência de Davi – O Senhor é o meu Pastor! Jesus é todo suficiente para todas as nossas necessidades, no tempo e na eternidade.

Não se esqueça: a experiência é que importa e não a mera teoria.

 – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
Esta série foi preparada em 1977 por Gilberto Celeti e Luiz Ricardo Monteiro da Cruz (este já está na presença do Senhor). Ela foi ministrada originalmente nas escolas públicas aos alunos do Ensino Médio. Com pequena revisão, estou postando agora na expectativa de que o SENHOR a use para bênção de muitos e para Sua glória!

Gilberto Celeti
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –  

TENDO A CRISTO EU TENHO TUDO!

Foi pensando no futuro, tão incerto;
Que tomado fui, de muita inquietude,
Não notando que Jesus, de mim tão perto,
Me ajuda em qualquer vicissitude.

Com o Eterno Deus já fui reconciliado
Pelo sangue do Seu Filho Jesus Cristo.
Não preciso caminhar amedrontado
Se do Seu poder e graça me revisto.

E assim enfrento os acontecimentos,
Consciente que estou com Cristo unido,
E armado de um solene pensamento:

Deus é bom, fiel e cumpre o prometido!
E nas Suas promessas há um só conteúdo:
JESUS CRISTO! E tendo a Cristo eu tenho tudo!

Gilberto Celeti

“Fiel é Deus, pelo qual vocês foram chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1.9).

“Porque todas as promessas de Deus têm nele (JESUS CRISTO) o “sim”. Por isso, também por meio dele (JESUS CRISTO) se diz o “amém” para glória de Deus…” (2 Coríntios 1:20).

Nenhum comentário:

Postar um comentário