Compartilho para sua leitura e reflexão o texto de Apocalipse 6:15-17: “Os reis da terra, os grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos rochedos: Caiam sobre nós e nos escondam da face daquele que está sentado no trono e da ira do Cordeiro! Porque chegou o grande Dia da ira deles, e quem poderá subsistir?”
Trata-se de um livro específico para um determinado grupo de pessoas – para os servos de Deus. Quem não está nesta classificação, embora chegue a ler, procurando compreender, terá muita dificuldade, muito mais do que as que experimentam as pessoas que são, de fato, servos de Deus. E há uma bem-aventurança preciosa para o servo de Deus que lê, que ouve e que guarda a que está escrito. Nos capítulos dois e três, nas palavras escritas para cada uma das sete igrejas, há uma exortação extraordinária, que se repete sete vezes: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.”
O tema todo do Apocalipse é mostrar aos servos de Deus as coisas que em breve devem acontecer e destaquei no início desta mensagem o desespero que tomará conta quando chegar o Dia da ira de Deus, do ajuste de contas. João tem visões de realidades celestiais e das ações que se seguirão de juízo sobre uma humanidade corrompida. Vários tipos de flagelos, impressionantes e aterradores são descritos, que dizimaram bilhões de pessoas e deixaram a face da terra totalmente transtornada, e gostaria de destacar o que foi registrado no final do capítulo nove:
“O resto da humanidade, isto é, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeu das obras das suas mãos: eles não deixaram de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira, que não podem ver, nem ouvir, nem andar. Também não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua imoralidade sexual, nem dos seus furtos.” (Apocalipse 9:20,21).
Que dureza de coração! Que rebeldia para com Deus! E vivemos, mesmo hoje, no meio de uma sociedade que pratica exatamente estas coisas que provocam a ira de Deus, uma sociedade que vive mergulhada nas trevas, no pecado:
1) que adora os demônios – o satanismo explícito (uma vida envolta pela feitiçaria),
2) que vive na idolatria fazendo suas preces e reverências a ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira, que não podem ver, nem ouvir, nem andar (uma vida presa a religiosidade enganosa, ou que fazem do prazer, do status, da riqueza o seu deus),
3) que está envolvida em homicídios (uma vida marcada pela violência),
4) que se compraz na imoralidade sexual (uma vida promíscua),
5) que pratica furtos (uma vida desonesta).
Vivemos hoje, neste tempo que é chamado na Palavra de Deus, de os últimos dias, diante de uma sociedade que não dá ouvidos à Palavra de Deus, e que cumprem exatamente o que já foi profetizado a seu respeito, pois lemos na segunda carta escrita pelo apóstolo Pedro que viriam “escarnecedores com as suas zombarias, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais morreram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” Como que dizendo, nada vai mudar, sempre será assim mesmo. Porque esta preocupação com o futuro, com esta questão do juízo de Deus?
E Pedro, então afirma: “Acontece que, de propósito, esquecem que os céus existem desde muito tempo, e que a terra surgiu da água e através da água pela palavra de Deus. Com base nesta palavra também o mundo daquele tempo foi destruído, afogado em água.” Já houve um juízo de Deus que na Bíblia é chamado de Dilúvio, quando tudo foi submerso pela água e apenas Noé e sua família foram salvos. E interessante que durante muitos anos Noé avisou o que haveria de acontecer. Ele é chamado na Bíblia de o “pregoeiro da justiça”, mas zombaram e escarneceram dele, da mesma maneira que hoje fazem as pessoas quando ouvem sobre o juízo de Deus que virá. O Dia da Ira de Deus!
Jesus Cristo, poucos dias antes de ser traído, preso, condenado à morte da cruz, havia falado com seus discípulos sobre o tempo do fim, dizendo-lhes: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão. Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai. Pois assim como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Pois assim como nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem. Então dois estarão no campo: um será levado, e o outro será deixado; duas mulheres estarão trabalhando num moinho: uma será levada, e a outra será deixada. Portanto, vigiem, porque vocês não sabem em que dia virá o Senhor de vocês. Porém, considerem isto: se o pai de família soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso, estejam também vocês preparados, porque o Filho do Homem virá à hora em que vocês menos esperam.” (Mateus 24:35-44).
E Pedro escreveu: “Pela mesma palavra, os céus e a terra que agora existem têm sido guardados para o fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e da destruição dos ímpios. Mas há uma coisa, amados, que vocês não devem esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos são como um dia. O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.” É surpreendente a longanimidade de Deus, que deseja salvar os pecadores, e está ainda hoje esperando que haja arrependimento.
Veja o que diz João no seu evangelho: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus. A condenação é esta: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal detesta a luz e não se aproxima da luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” (João 3:16-21).
Hoje ainda é tempo de arrependimento, de se aproximar da luz, de reconhecer o seu pecado, de crer em Jesus Cristo. Quanto tempo ainda teremos? O Apocalipse fala que o tempo está próximo. Esta oportunidade vai se encerrar.
E Pedro fala o que de fato acontecerá: “Porém o Dia do Senhor virá como um ladrão. Naquele dia os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão pelo fogo. Também a terra e as obras que nela existem desaparecerão. Uma vez que tudo será assim desfeito, vocês devem ser pessoas que vivem de maneira santa e piedosa, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus. Por causa desse dia, os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos se derreterão pelo calor. Nós, porém, segundo a promessa de Deus, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça. Por essa razão, amados, esperando estas coisas, esforcem-se para que Deus os encontre sem mácula, sem culpa e em paz.” (Todo este texto de Pedro se encontra em 2 Pedro 3:3-14).
Não há privilégio maior do que ser um salvo por Jesus, ter se arrependido dos pecados e confiado que quando Jesus morreu na cruz, pagou com o seu próprio sangue, a nossa dívida, cancelando-a totalmente, e dando-nos assim uma nova vida, fazendo-nos filhos de Deus.
E enquanto aguardamos, vigilantes, a volta de Jesus, que ressuscitou e está assentado à direita de Deus, sim, enquanto aguardamos o Dia do Senhor, vivamos aqui de maneira santa e piedosa, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus. Vamos proclamar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. Vamos anunciar a mensagem do evangelho para que muitos venham a se arrepender e também a crer no Senhor e Salvador Jesus Cristo. Seja a nossa perspectiva a eternidade, e não o aqui e o agora, que que na vinda de Jesus, não sejamos envergonhados, pelo contrário, que Ele nos encontre sem mácula, sem culpa e em paz.
Sejamos os bem-aventurados que leem, que ouvem, que guardam as palavras do Senhor. Que tenhamos ouvidos para ouvir o que o Espírito diz às igrejas. Que cresçamos “na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.” (2 Pedro 3:18).
“SALVEM-SE DESTA GERAÇÃO PERVERSA.” (Atos 2:40).
Como enfrentar o mal que há no mundo?
E há muitas soluções que são propostas.
Para eliminar o mal que é tão profundo,
Pensam muitos ter na religião respostas.
Outros seguem tradições, filosofias,
Desejando salvação e liberdade,
Desejando ter na alma alegrias,
Desejando encontrar-se com a verdade.
Neste mundo de pecado inaceitável,
Onde o mal age com tanta virulência,
O Evangelho de Jesus é incomparável,
Ele é a Boa Nova em pura essência!
O Evangelho na verdade é uma Pessoa,
Jesus Cristo, o Deus eterno, encarnado;
Sua morte lá na cruz é que abençoa,
Foi ali que eliminou todo pecado.
Sua cruz, que para os sábios é loucura,
E escândalo pra muitos religiosos,
Dá ao escravo do pecado a soltura,
Faz dos crentes em Jesus, vitoriosos,
Pra seguirem aqui na terra proclamando,
Corajosos e com santa ousadia,
Que em Cristo, Deus está reconciliando
Ao que se arrepende e que nEle confia!
Gilberto Celeti
“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: o justo viverá por fé” (Romanos 1.16,17).
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